Visitando os Templos Megalíticos de Ġgantija em Malta

Quando você pensa em monumentos antigos – e eu quero dizer realmente antigos – lugares como Stonehenge ou as Pirâmides do Egito possivelmente serão suas primeiras opções.

Mas há um lugar em Malta, mais especificamente na Ilha de Gozo, que não é tão famoso ou impressionante em tamanho ou visual quanto os outros dois exemplos, mas que são, sem dúvidas, uma das grandes maravilhas da engenharia da antiguidade.

Estou falando dos Templos Megalíticos de Ġgantija.


  • O que são?

Ġgantija é um complexo de templos megalíticos oficialmente reconhecidos pela UNESCO como os mais antigos edifícios independentes do mundo. Localizados nos arredores da cidade de Xagħra, em Gozo , o complexo têm mais de 5.500 anos – mil anos mais antigos que Stonehenge ou as pirâmides de Gizé no Egito.

Graças a um extenso esforço de preservação, os templos estão entre os locais históricos mais bem preservados das Ilhas Maltesas e desde 2013 estão abertos ao público como um parque patrimonial. É desde 1980 integrante da lista de patrimônios da humanidade pela UNESCO junto com outros templos megalíticos de Malta.


  • Porque foram construídos?

Os templos derivam seu nome de um mito popular local. Os gozitanos acreditavam que os templos foram construídos por uma raça gigantesca de pessoas – antgantija significa “Lugar dos Gigantes” em maltês.

Outra história relata que uma gigante que comeu nada além de favas e mel deu à luz a um filho de um homem comum. Com a criança pendurada no ombro, ela construiu os templos como local de culto.

Escavados em 1826, os arqueólogos acreditam que, como outros locais neolíticos nas ilhas, Ġgantija era um complexo de templos dedicado a uma divindade da fertilidade, uma teoria apoiada tanto pelo layout do templo (que se assemelha à forma de uma mulher gorda) quanto por artefatos encontrados no local, como numerosas figuras e estátuas femininas.

Uma possível mesa de sacrifícios

  • Como foram construídos?

A verdadeira técnica usada para erguer essas magníficas estruturas permanece desconhecida. Estudos descobriram várias pedras esféricas que levaram à suposição de que os construtores do templo rolaram os blocos de pedra nessas esferas para colocá-las no lugar. No entanto, é incerto como eles conseguiram colocá-los juntos.

  • A visita

A visita pelo complexo de Ġgantija começa com uma exposição: depois de comprar o ticket de entrada na recepção, você é encaminhado para um museu que apresenta a história do templos e que tem em seu acervo várias peças encontradas em escavações.

Entrada da recepção

Saindo do museu, passarelas montadas sobre o sítio arqueológico levam até as ruínas do templo.

Ġgantija consiste em dois templos separados: o templo sul e o templo norte, mas que são bem parecidos entre si. O templo sul é o maior, mais antigo e melhor preservado. Os restos de um terceiro templo também foram encontrados ao lado dos outros dois e os arqueólogos acham que essa estrutura foi abandonada antes mesmo de sua conclusão.

Embora as duas estruturas devessem originalmente ter telhados rebocados e pintados, hoje os templos permanecem sem teto, assim como a maioria dos locais megalíticos de Malta.

Ah, é possível caminhar por dentro dos templos, através de passarelas que cortam os cômodos.


  • Horário de visitas

Horário de inverno (1º de outubro a 31 de maio)

Segunda a Domingo: 09.00 – 17.00hrs

Última entrada às 16h30

Horário de verão  (1º de junho a 30 de setembro)

Segunda a domingo: 09.00-18.00hrs

Última entrada às 17h30

Fechado em 24, 25 e 31 de dezembro, 1 de janeiro e sexta-feira


  • Valores

Adultos (18 a 59 anos): 9,00 €

Jovens (12 – 17 anos), Idosos (60 anos ou mais) e Estudantes: € 7,00

Crianças (dos 6 aos 11 anos): 5,00 €

Bebês (1-5 anos): Grátis

As taxas acima incluem a admissão nos Templos de Ġgantija e no Moinho de Vento Ta ‘Kola.


  • Se localize

Rua John Otto Bayer, Xagħra, Gozo
Tel: +356 21 553 194

Entrada do sítio arqueológico

  • Quando ir à Malta? 

Por ser uma ilha mediterrânea, Malta é conhecida por seu clima ameno, bem típico da região, com temperaturas variando entre 8 e 16 graus no inverno e de 25 a 30 no verão, que vai de junho a agosto.

Durante o verão, que é a alta temporada, a temperatura em Malta pode facilmente chegar aos 40 graus e a probabilidade de chuva é quase nula. Porém, por ser período de férias, o arquipélago fica lotado de turistas, o que também encarece a viagem – o país que tem pouco mais de 400 mil habitantes chega a ter quase 2 milhões durante esse período.

A minha estadia em Malta foi entre fevereiro e março. Como era finalzinho de outono e início de primavera, peguei muitos dias instáveis, com grande variação de temperatura – amanhecia chovendo, esfriava, saia o sol, esquentava, voltava a chover, etc. Isso sem falar nos ventos gelados e fortes de alguns dias e que me destruiu dois guarda chuvas em uma semana – sim, o vento na ilha é surreal.

Mesmo assim, a maioria dos dias nesses dois meses foi de sol e temperaturas em torno de 12 graus – só consegui aproveitar o calor e praia tão típicos da ilha em minha última semana, no final de março.

Com isso, acredito que os melhores meses para visitar Malta sejam entre o final de abril e começo de junho, onde as temperaturas estão altas (mas nem tanto) e o número de turistas é menor.

Valletta vista de Sliema durante o pôr do sol

  • Onde ficar hospedado?

O país é movimentado pelo turismo e por isso não faltam opções de hospedagem, que vão de simples albergues a resorts estrelados.

As hospedagens mais baratas ficam em cidades não litorâneas, principalmente no centro da ilha. Porém, acredito que o melhor seja ficar próximo ao litoral, a fim de poupar tempo e dinheiro com locomoção.

St. Julian’s e Sliema concentram os principais polos hoteleiros e gastronômicos de Malta e são as regiões preferidas pelos jovens (principalmente os baladeiros) e pelos intercambistas. Em compensação, os preços são mais elevados. O mesmo acontece com Valletta, que apesar de ser mais calma, tem preços altos.

Portomaso em St. Julian’s, que abriga hotéis de alto luxo

Msida, Birkirkara, San Gwann, Mosta, St. Paul’s Bay, Mellieha e Bugibba são opções interessantes de hospedagem na ilha de Malta. Já em Gozo, apesar da oferta de hospedagens ser menor, as melhores cidades são Victoria, Marsalforn e Xlendi.

Abaixo listo algumas opções bem avaliadas e bem localizadas em Malta para vocês:

The Phoenicia Malta (5 estrelas): Localizado em Valletta, este hotel luxuoso oferece quartos elegantes com vistas deslumbrantes para o mar ou para os jardins. Possui uma piscina ao ar livre, spa, restaurante gourmet e um serviço diferenciado.

Hotel Juliani (4 estrelas): Situado em St. Julian’s, este hotel boutique é conhecido por sua decoração moderna e ambiente sofisticado. Os quartos são elegantes e possuem varandas com vista para o mar. O hotel também conta com um restaurante à beira-mar e um lounge na cobertura.

The Westin Dragonara Resort (5 estrelas): Localizado em St. Julian’s, este resort oferece quartos espaçosos e confortáveis, muitos com vista para o mar. O resort possui uma ampla variedade de instalações, incluindo piscinas, praia privativa, spa, cassino e vários restaurantes.

InterContinental Malta (5 estrelas): Localizado em St. Julian’s, este hotel de luxo oferece quartos modernos e bem equipados, além de várias opções de restaurantes e bares. O resort possui várias piscinas, spa, academia e acesso direto a uma praia privativa.

Palazzo Consiglia (4 estrelas): Situado em Valletta, este hotel boutique está alojado em um edifício histórico restaurado. Os quartos são elegantes e apresentam detalhes arquitetônicos encantadores. O hotel também possui um terraço com piscina, spa e um restaurante de alta qualidade.

Two Pillows Boutique Hostel: Localizado em Sliema, este albergue boutique oferece quartos compartilhados e privativos a preços acessíveis. As acomodações são modernas e bem equipadas, e o albergue possui áreas comuns acolhedoras, como um lounge e uma cozinha compartilhada.

Hostel Malti: Localizado em St. Julian’s, este albergue oferece quartos compartilhados e privativos a preços acessíveis. O ambiente é descontraído e acolhedor, e o albergue possui um terraço ao ar livre, uma cozinha compartilhada e um lounge social.

QAWRA Palace Resort & SPA: Localizado em St. Paul’s Bay e com vista da Baía Salina, o hotel oferece piscina coberta e ao ar livre. A propriedade conta com campo de minigolfe e um salão de jogos com mesa de bilhar. Todas as unidades têm uma varanda privativa com vista da baía ou do pátio interno e campo de minigolfe.

ibis Styles ST Pauls Bay Malta: Localizado em St. Paul’s Bay, oferece lounge compartilhado, terraço, restaurante e bar, além de piscina ao ar livre. Alguns quartos possuem varanda com vista da cidade.

Lembre-se de verificar a disponibilidade, preços e outras informações relevantes diretamente com as acomodações.


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