Porta de entrada para a maioria dos moradores e visitantes da Ilha de Gozo, Mġarr e Għajnsielem são duas pequenas cidades localizadas ao redor do Porto de Mġarr, a maior área portuária da ilha. As duas cidades cresceram praticamente juntas e hoje é dificil saber quando uma começa e a outra termina. Justamente por isso, um passeio entre as duas é mais que bem-vindo, até porque o lugar reserva muitas belezas.
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Mġarr
Mġarr cresceu em torno do porto raso de mesmo nome, onde os serviços de balsa para Malta entraram em operação em 1241. Embora a área ao redor do porto tenha se desenvolvido ao longo dos séculos seguintes, houve pouco desenvolvimento do próprio porto até 1841, quando um quebra-mar foi construído para trazer mais segurança ao porto. Este quebra-mar foi reforçado e ampliado várias vezes até 1906, quando um maior foi construído entre 1929 e 1935, e mais dois em 1969 – com a conclusão desta última, a área do porto foi ampliada para 121.400 metros quadrados.
Mas antes mesmo da construção do porto, Mġarr já era uma vila de pescadores popular, que atualmente figura como a maior da ilha de Gozo.
A cidade também abriga uma movimentada marina de iates.
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Għajnsielem
Għajnsielem cresceu a partir do povoamento do Porto de Mġarr até se tornar uma das maiores cidades costeiras da Ilha de Gozo, com mais de 3.200 moradores.
Seu nome se originou da nascente que em 1700, o Grão-Mestre Perellos construiu uma galeria contendo lavatórios públicos e bicas de água doce, que ajudaram a cidade a prosperar e fazer com que sua população crescesse.
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Atrações
As atrações estão localizadas bem próximas uma das outras (com exceção da Torre Mġarr ix-Xini), então, em poucas horas você consegue visitá-las. Porém, há muitos morros e ladeiras por toda a parte, o que pode deixar os mais sedentários cansados hehe.
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Porto de Mġarr
Porta de entrada da Ilha de Gozo para quem vem de balsa ou barcos turísticos, o Porto de Mġarr é o ponto mais antigo de toda a região e também a mais badalada: além da grande movimentação de moradores e turistas, há muitos bares e restaurantes ao redor da orla, principalmente em frente a marina.
No início de 2001, o terminal de balsas foi reconstruído a um custo de €9,3 milhões, obras essa que duraram sete anos, com a inauguração do terminal em fevereiro de 2008. O novo porto passou a ter capacidade para cerca de 600 passageiros e 200 carros, o que contribuiu ainda mais para que Mġarr firmasse sua posição de porto mais importante de Gozo.
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Capela de Lourdes
Esta capela dedicada a Nossa Senhora de Lourdes fica no alto de um morro com uma linda vista para o porto de Mġarr. Sob esse morro, uma estátua da Virgem Maria de Lourdes esculpida por Antonio Busuttil foi colocada em uma cavidade natural, ao lado das escadarias de acesso.
Em 3 de junho de 1888, a igreja foi abençoada pelo bispo Pietro Pace, que pediu aos devotos que o ajudassem a erguer uma capela. A pedra fundamental foi lançada apenas uma semana depois e a capela foi oficialmente inaugurada em 1893, tendo sido consagrada em 1949.
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Forte Chambray
O forte foi construído em meados do século XVIII pela Ordem de São João, numa área conhecida como Ras it-Tafal, entre o porto de Mġarr e Xatt l-Aħmar. Este forte deveria ser a cidadela de uma nova cidade que substituiria a Cittadella de Victoria como capital da ilha, mas esse plano nunca se concretizou.
Durante a invasão francesa de Malta em 1798, o forte foi utilizado como base de apoio, e posteriormente foi usado como hospital militar e instituição mental. Na década de 1980, os planos eram transformar o forte em um complexo de lazer e turismo, projeto esse que nunca saiu do papel. Apesar disso, houve a destruição de um antigo cemitério (Cemitério Garrison), o que causou forte comoção na época.
Desde 2007, após passar por restaurações, o forte se tornou um condominio de luxo (fechado para o turismo).
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Igreja Paroquial Nossa Senhora do Loreto
Maior e mais imponente construção da região, a pedra fundamental da Igreja do Loreto foi lançada em 14 de setembro de 1924, mas as obras foram concluídas apenas da década de 1970. Esses atrasos foram causados tanto pela Segunda Guerra Mundial, quando pelas constantes substituições dos arquitetos responsáveis.
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Torre Mġarr ix-Xini
Concluída em 1661, essa é a maior das torres de vigia costeiras que os Cavaleiros de Malta ergueram na ilha de Gozo e uma das quatro que sobreviveram, sendo as outras a Torre Xlendi, a Torre Dwejra e a Torre Isopu.
Desde 2009 a torre está aberta ao público aos sábados.
A torre fica um pouco afastada do centro de Għajnsielem, sendo acessada mais facilmente por carro.
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Igreja de Santo Antonio de Pádua
Os Frades Franciscanos (chamados de Ta’ Ġiezu) estabeleceram-se em Gozo em 1899, onde passaram a viver em uma casa chamada ‘Ta Gliex’, na estrada que liga Mġarr à in-Nadur e il-Qala . Inclusive, ainda hoje a estrada leva o nome de Santo Antônio.
Em 1º de agosto de 1901, três moradores doaram um terreno para que os frades pudessem construir seu próprio convento e, logo após nova doação de um empresário de Nadur, construir também uma igreja.
Essa igreja foi projetada e construída pelo mestre construtor Wigi Vella e lançada pelo Bispo de Gozo em 7 de setembro de 1902. Foi abençoada em 1906 e consagrada em 1912.
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Como chegar
Balsa e barcos: Mġarr e Għajnsielem são ligadas à Ilha de Malta por serviços de balsa até os portos de Ċirkewwa e Valletta, assim como há linhas de barcos de passageiros que levam até Comino.
Ônibus: Em frente ao terminal de passageiros do Porto de Mġarr há duas linhas que vão para Victoria e Marsalforn. Caso você precise ir para outros pontos da ilha, siga até Victoria e delá, pegue outro bus.
Ônibus turístico: estando em Gozo, uma opção é utilizar os ônibus turísticos da City Sightseeing Hop-On Hop-Off. Eles custam em média 18€ e percorrem as principais atrações, incluindo uma parada em Għajnsielem. Inclusive, o ônibus parte do Porto de Mġarr, em frente ao terminal de passageiros.
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Se localize:
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