Um dos maiores encantos da Ilha de Gozo, a Baía de Dwejra é uma reserva ambiental cercada por muita natureza e que no passado, abrigou uma das mais famosas maravilhas do Mediterrâneo, a Janela Azul de Malta (Azure Window), que desabou em 2017.
A baía também é um ótimo lugar para mergulhos radicais, dias de praia preguiçosos, escalada, passeios de barco, snorkeling e claro, um ótimo lugar para apreciar o pôr do sol.
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Onde fica
A Baía de Dwejra está localizada no lado oeste da Ilha de Gozo e ao seu redor há uma pequena aldeia chamada Dwejra, habitada principalmente por pescadores e com pouca infraestrutura.
Importante ressaltar que durante a alta temporada, Dwejra ganha mais estrutura, já que trailers de comida e equipamentos básicos são montados ao redor do estacionamento público.
Há poucos minutos dali, se localiza San Lawrenz, que com seus quase 800 habitante, é a maior cidade da região e a responsável por administrar Dwejra. Inclusive, se você pretende se hospedar por aqui, San Lawrenz é a opção mais próxima e a que oferece mais infraestrutura.
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Como chegar
Já para chegar em Dwejra, se você estiver de carro, há uma estrada asfaltada que liga Victoria ao coração da aldeia, mas como dirigir em Malta não é tarefa fácil hehe, recomendo as duas opções abaixo:
- Ônibus: a linha 311 é a principal linha urbana que liga a aldeia de Dwejra ao restante da ilha. Essa linha parte do Terminal de Victoria, capital de Gozo, e leva cerca de 20 minutos até chegar ao nosso destino: você saberá onde descer já que Dwejra é o ponto final (assim como a paisagem também lhe ajudará a identificar a parada). Essa linha também passa por San Lawrenz.
- Ônibus turísticos: para poupar tempo, uma opção é utilizar os ônibus turísticos da City Sightseeing Hop-On Hop-Off. Eles custam em média 18€ e percorrem as principais atrações de Gozo, incluindo uma parada em Dwejra.
Em ambos os casos, a parada é feita em um ponto de ônibus no coração da aldeia.
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O que ver e fazer em Dwejra
Como disse anteriormente, Dwejra é pequena, mas se o tempo estiver bom, você pode facilmente passar o dia aqui, aproveitando o sol e curtindo o mar (se você curte uma pegada mais radical, já que as falésias da baía são bem altas).
Se o tempo não ajudar muito, em uma hora você consegue conhecer os principais pontos turísticos:
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Antiga Azure Window
Tudo bem, a Azure Window não existe mais desde 8 de março de 2017, quando desmoronou durante uma tempestade, mas não há como negar que é nostálgico visitar o lugar onde ficava o maior símbolo país até então hehe.
A formação rochosa de 28 metros de altura, que consistia em um pilar que se erguia do mar unido ao penhasco por uma laje horizontal, foi criada pelo colapso de uma caverna marinha provavelmente durante o século XIX.
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Torre de Dwejra
Essa torre construída em 1652 durante o reinado do Grão-Mestre Lascaris para proteger a costa de Dwejra está aberta para visitantes diariamente (entre 9h e 15h durante a semana e 10h30 e 15h15 aos domingos e feriados).
Uma dica é que se você vir a bandeira voando sobre a torre, isso significa que ela está aberta para os visitantes.
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Capela de Sant’Anna
Essa pequena capela dedicada a Sant’Anna foi projetado por Joseph Mizzi e inaugurada em 25 de julho de 1963. O retábulo-mor do seu interior foi pintado por Ninu Apap em 1989 e retrata a jovem Virgem Maria sendo instruída por sua mãe Santa Ana.
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Mar Interior
Uma das formações mais interessantes de Malta, o chamado “mar interior” é uma lagoa de água salgada ligada ao Mar Mediterrâneo através de uma abertura formada por um estreito arco natural.
De um lado há uma praia pedregosa com várias cabanas de pescadores e onde alguns barcos ficam atracados. Já saindo pelo túnel em direção ao mar aberto, as águas rasam passam a ter uma profundidade de até 35 metros.
Aliás, em dias em que o tempo está bom, esses barcos de pesca fazem turismo pela lagoa, atravessam o túnel e seguem até as falésias da região.
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Rocha do fungo
A Fungus Rock é um enorme pedaço de calcário de 60 metros de altura e que tem esse nome devido a cynomorium coccineum, uma espécie de fungo que cobre boa parte da formação rochosa.
Há muitos séculos atrás, quando a rocha foi descoberta, os médicos acreditavam que esse fungo tinha propriedades medicinais. Inclusive, os Cavaleiros de Malta usavam esses fungos como um curativo para feridas e uma cura para disenteria – eles a valorizavam tanto que muitas vezes serviam como presente a nobres ilustres e visitantes das ilhas maltesas.
Hoje, a Rocha do Fungo é uma reserva natural e as suas proximidades são acessíveis aos banhistas quando o mar está calmo.
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Blue Hole
A icônico Blue Hole de Gozo é uma formação rochosa natural que se assemelha a um tubo vertical que foi esculpido pelo vento e energia das ondas ao longo de milhares de anos.
É um dos melhores lugares para se mergulhar em Malta (quando o tempo está bom), sendo facilmente acessada pelo local onde ficava a Azure Window.
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Pôr do sol
Eu pude assistir vários pores do sol belíssimos ao redor de Malta, mas o que presenciei aqui em Dwejra foi sem dúvidas o mais bonito e emocionante deles. Foi incrível ver o sol refletido nas águas agitadas daquele início de primavera.
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Se localize
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Quando ir à Malta?
Por ser uma ilha mediterrânea, Malta é conhecida por seu clima ameno, bem típico da região, com temperaturas variando entre 8 e 16 graus no inverno e de 25 a 30 no verão, que vai de junho a agosto.
Durante o verão, que é a alta temporada, a temperatura em Malta pode facilmente chegar aos 40 graus e a probabilidade de chuva é quase nula. Porém, por ser período de férias, o arquipélago fica lotado de turistas, o que também encarece a viagem – o país que tem pouco mais de 400 mil habitantes chega a ter quase 2 milhões durante esse período.
A minha estadia em Malta foi entre fevereiro e março. Como era finalzinho de outono e início de primavera, peguei muitos dias instáveis, com grande variação de temperatura – amanhecia chovendo, esfriava, saia o sol, esquentava, voltava a chover, etc. Isso sem falar nos ventos gelados e fortes de alguns dias e que me destruiu dois guarda chuvas em uma semana – sim, o vento na ilha é surreal.
Mesmo assim, a maioria dos dias nesses dois meses foi de sol e temperaturas em torno de 12 graus – só consegui aproveitar o calor e praia tão típicos da ilha em minha última semana, no final de março.
Com isso, acredito que os melhores meses para visitar Malta sejam entre o final de abril e começo de junho, onde as temperaturas estão altas (mas nem tanto) e o número de turistas é menor.
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Onde ficar hospedado?
O país é movimentado pelo turismo e por isso não faltam opções de hospedagem, que vão de simples albergues a resorts estrelados.
As hospedagens mais baratas ficam em cidades não litorâneas, principalmente no centro da ilha. Porém, acredito que o melhor seja ficar próximo ao litoral, a fim de poupar tempo e dinheiro com locomoção.
St. Julian’s e Sliema concentram os principais polos hoteleiros e gastronômicos de Malta e são as regiões preferidas pelos jovens (principalmente os baladeiros) e pelos intercambistas. Em compensação, os preços são mais elevados. O mesmo acontece com Valletta, que apesar de ser mais calma, tem preços altos.
Msida, Birkirkara, San Gwann, Mosta, St. Paul’s Bay, Mellieha e Bugibba são opções interessantes de hospedagem na ilha de Malta. Já em Gozo, apesar da oferta de hospedagens ser menor, as melhores cidades são Victoria, Marsalforn e Xlendi.
Abaixo listo algumas opções bem avaliadas e bem localizadas em Malta para vocês:
– The Phoenicia Malta (5 estrelas): Localizado em Valletta, este hotel luxuoso oferece quartos elegantes com vistas deslumbrantes para o mar ou para os jardins. Possui uma piscina ao ar livre, spa, restaurante gourmet e um serviço diferenciado.
– Hotel Juliani (4 estrelas): Situado em St. Julian’s, este hotel boutique é conhecido por sua decoração moderna e ambiente sofisticado. Os quartos são elegantes e possuem varandas com vista para o mar. O hotel também conta com um restaurante à beira-mar e um lounge na cobertura.
– The Westin Dragonara Resort (5 estrelas): Localizado em St. Julian’s, este resort oferece quartos espaçosos e confortáveis, muitos com vista para o mar. O resort possui uma ampla variedade de instalações, incluindo piscinas, praia privativa, spa, cassino e vários restaurantes.
– InterContinental Malta (5 estrelas): Localizado em St. Julian’s, este hotel de luxo oferece quartos modernos e bem equipados, além de várias opções de restaurantes e bares. O resort possui várias piscinas, spa, academia e acesso direto a uma praia privativa.
– Palazzo Consiglia (4 estrelas): Situado em Valletta, este hotel boutique está alojado em um edifício histórico restaurado. Os quartos são elegantes e apresentam detalhes arquitetônicos encantadores. O hotel também possui um terraço com piscina, spa e um restaurante de alta qualidade.
– Two Pillows Boutique Hostel: Localizado em Sliema, este albergue boutique oferece quartos compartilhados e privativos a preços acessíveis. As acomodações são modernas e bem equipadas, e o albergue possui áreas comuns acolhedoras, como um lounge e uma cozinha compartilhada.
– Hostel Malti: Localizado em St. Julian’s, este albergue oferece quartos compartilhados e privativos a preços acessíveis. O ambiente é descontraído e acolhedor, e o albergue possui um terraço ao ar livre, uma cozinha compartilhada e um lounge social.
– QAWRA Palace Resort & SPA: Localizado em St. Paul’s Bay e com vista da Baía Salina, o hotel oferece piscina coberta e ao ar livre. A propriedade conta com campo de minigolfe e um salão de jogos com mesa de bilhar. Todas as unidades têm uma varanda privativa com vista da baía ou do pátio interno e campo de minigolfe.
– ibis Styles ST Pauls Bay Malta: Localizado em St. Paul’s Bay, oferece lounge compartilhado, terraço, restaurante e bar, além de piscina ao ar livre. Alguns quartos possuem varanda com vista da cidade.
Lembre-se de verificar a disponibilidade, preços e outras informações relevantes diretamente com as acomodações.
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