10 atrações imperdíveis para você conhecer em Veneza

Veneza é uma cidade de imensa beleza e significado histórico, mas também é diferente de qualquer outra cidade do mundo. Localizada em uma lagoa e erguida em cima de estacas de madeira, Veneza é formada por 117 pequenas ilhas conectadas por uma série de pontes e separadas por uma rede de canais, tendo cerca de 250.000 habitantes, mas que vê esse número chegar a milhões durante as altas temporadas.

Durante a Idade Média e o Renascimento italiano, Veneza foi uma república extremamente poderosa e serviu como um importante centro financeiro e militar. Além disso, foi um local de grande desenvolvimento cultural e artístico. E entre esses e outros legados que Veneza se torna única 💜.

Vamos explorar as melhores coisas para fazer em Veneza?!

10 atrações imperdíveis em Veneza

  • Grande Canal

Veneza tem mais de 100 canais, dos mais diversos tamanhos, mas nenhum se compara ao Grande Canal, o maior e mais movimentado deles, sendo a principal “avenida” da cidade. Com um formato de S, o canal se inicia nas proximidades da Estação Ferroviária de Santa Lúcia e vai até à bacia de San Marco, cortando os principais distritos de Veneza. Tem 3,8 km de comprimento varia de 30 a 90 m de largura, com uma profundidade média de 5 metros.

Como a maior parte do tráfego da cidade segue ao longo do Canal em vez de atravessá-lo, até o século XIX, apenas uma ponte cruzava o canal, a Ponte Rialto. Atualmente existem mais três pontes, a Ponte degli Scalzi, a Ponte dell’Accademia e a Ponte della Costituzione, a mais recente delas, datada de 2008.

Mais de 170 edifícios estão localizados em suas margens, a maioria datados do século XIII ao XVIII, incluindo alguns dos mais luxuosos e imponentes palácios (palazzi) de Veneza, como o Palazzi Barbaro, Ca’ Rezzonico, Ca’ d’Oro, Palazzo Dario, Ca’ Foscari, Palazzo Barbarigo e o Palazzo Venier dei Leoni, que abriga a Coleção Peggy Guggenheim.

Além disso, as Galerias da Academia, principal museu de arte da cidade, e igrejas monumentais, como a Basílica de Santa Maria della Salute, a Igreja do Redentor e a Igreja de San Simeon Piccolo fazem o Grande Canal ser ainda mais charmoso.

E boa parte dessas construções podem ser admiradas em passeios de barco que percorrem todo o canal. Isso sem falar em duas famosas festividades que acontecem aqui:

1°) Realizada no primeiro domingo de setembro, a Regata Histórica é uma competição entre barcos venezianos e que são precedidas por uma procissão histórica que lembra a entrada da Rainha de Chipre, Catarina Cornaro, após a abdicação em 1489 e onde gondoleiros em trajes velejam em barcos típicos do século XVI.

2°) Em 21 de novembro, os venezianos agradecem à Virgem Maria pela salvação da epidemia de peste em 1630 – 1638 com uma peregrinação a Santa Maria della Salute. Os peregrinos atravessam o Grande Canal em uma ponte flutuante temporária do Campo Santa Maria del Giglio e desfrutam de barracas e pratos tradicionais.

  • Palácio Ducale e a Ponte dos Suspiros

Esse impressionante palácio construído em estilo gótico veneziano é um dos principais marcos de Veneza e um dos maiores ícones arquitetônicos do mundo. O palácio era a residência do Doge de Veneza, autoridade suprema da antiga República Veneziana. Foi fundado em 1340, tendo sido ampliado e modificado nos séculos seguintes. Tornou-se um museu em 1923 e é um dos 11 museus administrados pela Fondazione Musei Civici di Venezia. E olha, visitar o Palácio Ducale é uma experiência incrível, já que seu interior é extremamente luxuoso e rico em história.

Endereço: Piazza San Marco, 1.

Horário: das 10h às 18h, com a última entrada às 17h.

Valor: €25

É possível também visitar a antiga prisão em anexo ao palácio. No início do século XVII, o arquiteto Antonio Contin acrescentou as “Prigioni Nuove” (Novas Prisões) ao complexo. A ligação entre o Palácio e a Prisão era feita através de uma ponte,  a Ponte dos Suspiros – diz a lenda que a ponte tem esse nome porque os presos ao atravessá-la davam seus últimos suspiros antes de ali serem trancafiados.

  • Gallerie dell’Accademia

A Galeria da Academia fazia parte da Accademia di Belle Arti di Venezia, uma importante escola de arte fundada em 1750 por Giovanni Battista Piazzetta, uma das primeiras instituições do mundo a estudar a arte e a ciência da restauração artística. Hoje, o museu se orgulha de algumas obras de destaque da herança artística italiana, exibindo peças de talentosos artistas como Bellini, Carpaccio, Veronese, Veneziano, Tintoretto, Tiepolo, Ticiano e Canaletto, sendo o principal museu de arte da cidade.

A grandiosa coleção do museu é praticamente formada por obras de artistas venezianos, sendo dividida em:

– obras que já pertenciam ao acervo da Igreja de Santa Maria della Carità e sua escola;
– obras coletadas durante as supressões;
– um pequeno número de obras dos acadêmicos transferidos para cá do antigo local;
– obras adquiridas especificamente (como a coleção de gesso da Abade Farsetti, 1805) e
– obras adquiridas através de legados.

O acervo inclui também o mundialmente famoso desenho de Leonardo da Vinci do Homem Vitruviano, que raramente é exibido porque o trabalho, sendo no papel, é frágil e sensível à luz.

Eu conto como foi a minha experiência pelo museu, incluindo todas as suas atrações aqui.

Endereço:
Campo della Carita – Dorsoduro 1050 – Veneza 30100, Itália
Tel: +39 041 5200345
Web: www.gallerieaccaemia.org

Horário:
Terça à domingo – 8h15 às 19h15
Segunda – 8h15 às 14h00

Valor: 12 euros

  • Ponte Rialto

A ponte mais famosa de Veneza (ao lado da Ponte dos Suspiros), foi primeiramente construída como uma ponte flutuante em 1173. Porém, a atual ponte de pedra, de um só vão, começou a ser construída em 1588 e foi concluída em 1591. Projetada por Antonio da Ponte, seu desenho é semelhante à ponte de madeira existente anteriormente.

Sua arquitetura impressiona pelo formato diferenciado: duas rampas conduzem a um pórtico central onde em ambos os lados existem fileiras de lojas. A engenharia da ponte foi considerada tão audaciosa que o arquiteto Vincenzo Scamozzi previu que estrutura não resistiria ao tempo.

  • Basílica de Nossa Senhora da Saúde

Esta maravilhosa igreja, quase inteiramente branca, representa uma das construções barrocas mais significativas de toda a cidade. Está localizado no Grande Canal, pouco antes da Punta della Dogana, no distrito de Dorsoduro e é imediatamente reconhecível por sua forma octogonal.

Em 1630, Veneza foi devastada pela Peste Negra (também conhecida como Peste Italiana nessa região) e como oferenda pela libertação da cidade da doença, a República de Veneza prometeu construir e dedicar uma igreja a Nossa Senhora da Saúde. A igreja foi projetada em estilo barroco por Baldassare Longhena e a construção começou em 1631, sendo finalizada em 1681.

Outras igrejas foram construídas neste período como uma forma de oferenda, sendo a Salute a mais nova delas. Inclusive, a maioria dos objetos de arte na igreja traz referências à Peste Negra. Já seu interior tem obras de Tintoretto e Ticiano.

Desde sua construção, a cúpula da basílica se tornou um marco no horizonte de Veneza, aparecendo em inúmeras pinturas e servindo de inspiração para outras igrejas europeias. Uma delas eu tive a oportunidade de visitar, a Rotunda de Xewkija em Malta.

  • Basílica de San Giorgio Maggiore

O acesso à San Giorgio Maggiore, uma igreja beneditina do século XVI, é feito por barco, já que ela fica em uma pequena ilha de mesmo nome localizada do outro lado do Grande Canal. Projetada pelo arquiteto Andrea Palladio, a igreja foi finalizada em 1610.

Curiosamente, a primeira igreja da ilha foi construída por volta de 790, e em 982 a ilha foi entregue à ordem beneditina pelo Doge Tribuno Memmo. Os beneditinos fundaram ali um mosteiro, mas em 1223 todos os edifícios da ilha foram destruídos por um terremoto. Já o alto campanário, construído pela primeira vez em 1467, desabou em 1774 e foi reconstruído em estilo neoclássico em 1791.

Em seu interior há as 4 últimas pinturas do artista renascentista Tintoretto, bem como muitas outras obras religiosas. Você pode pegar o elevador até a torre do sino e admirar belas vistas da Lagoa de Veneza.

  • Arsenal de Veneza

Essa imensa construção é um conjunto de antigos estaleiros, cuja atual estrutura provavelmente começou a ser construída em 1104, tendo sido o maior complexo industrial da Europa antes da Revolução Industrial, abrangendo uma área de cerca de 45 hectares, ou cerca de 15% de Veneza.

O Arsenal produziu a maioria dos navios mercantes marítimos de Veneza, que gerou grande parte da riqueza e poder econômico da cidade, durando até a queda da República de Veneza para Napoleão em 1797, tendo sido até mencionada em “A Divina Comédia”, de Dante.

Cercado por uma muralha de 3.2 km, trabalhadores e construtores navais trabalhavam regularmente dentro do Arsenal, construindo navios que partiam do porto da cidade.

Atualmente, apesar de não podermos visitar seu interior, a fachada do Arsenal é uma das mais bonitas de Veneza e rende belas fotos, principalmente do alto da Ponte del Paradiso, localizada em frente.

  • Passeio de Gôndola

Sim, pode ser clichê e superturístico, mas uma visita a Veneza não estaria completa sem um passeio de gôndola pelos canais – apesar disso, eu acabei não fazendo o passeio durante a minha visita à cidade (você vai entender o motivo logo mais hehe).

Quanto custa um passeio de gôndola? Esta é uma boa pergunta. A cidade de Veneza define a tarifa em €85 por 40 minutos (€100 após as 19h), mas isso não significa que essa é a tarifa que você pagará, sendo necessário negociar com seu gondoleiro antes de embarcar. Sendo assim, certifique-se de concordar com o preço e a duração do passeio antes de entrar na gôndola, sem falar que caso o gondoleiro cante, isso terá um custo extra. E justamente pelos preços altos eu não realizei o passeio😢.

  • Carnaval veneziano

Em 1094, de maneira espontânea, surgia o Carnaval de Veneza, uma singela celebração pública para homenagear os dias que antecedem a Quaresma. Porém, o charmoso e grandioso carnaval que conhecemos hoje demorou para se tornar uma festa propriamente dita.

Já os trajes típicos do carnaval veneziano datam da segunda metade do século XVI e você pode encontrar reproduções históricas fiéis nos ateliês espalhados pela cidade. Entre os vários tipos de trajes disponíveis, os mais famosos são os da Commedia dell’Arte, com personagens do tradicional teatro italiano como o grande veneziano Carlo Goldoni.

As datas do Carnaval mudam todos os anos porque seguem o calendário litúrgico. A partir de quarenta dias antes da Páscoa já vão aparecendo algumas máscaras nas lojas e as ruas cobertas de confetes e as pastelarias começam a servir especialidades carnavalescas.

  • Praça e Basílica de São Marcos

E por fim, deixo a principal atração da cidade: a Piazza di San Marco e sua imponente Basílica. Napoleão Bonaparte disse uma vez que essa praça era a “sala de estar mais elegante da Europa”. E depois de visitá-la, você entende perfeitamente o porquê. Seu design retangular e seus imponentes edifícios foram no passado vitrine para a aristocracia da cidade e se tornaram um legado secular de Veneza como uma poderosa república marítima.

Além disso, a praça abriga o Museo Civico Correr, o Museo del Risorgimento, o Museo Archeologico, o Café Florian, a Torre do Relógio e a Biblioteca Nacional Marciana.

Mas nenhuma construção da praça se compara a Basílica de São Marcos (Basilica di San Marco), uma das catedrais mais impressionantes e complexamente projetadas do mundo e que desde o ano 829 abriga os restos mortais de São Marcos.

Bem ao lado fica o Campanário de São Marcos, a estrutura mais alta de Veneza, com quase 100 metros de altura, e que guarda as mais belas vistas da cidade – eu conto como é a visita ao Campanário de Veneza aqui.

  • Se localize


  • Melhor época para ir

Em geral, a primavera e o outono são as melhores épocas do ano para visitar Veneza. Durante esse período, o clima é ótimo para passear e as multidões tendem a ser menores do que nos movimentados meses de verão.

Inverno: Se você visitar a cidade durante essa temporada, tenha ciência que o frio é alto hehe, com temperatura média girando em torno dos 7° C, podendo chegar próximo dos 0° C. Em compensação, esta é a época mais seca do ano e quando há menos turistas, com exceção do período do Carnaval, um dos maiores festivais de Veneza e que acontece no final de fevereiro.

Primavera: À medida que o clima esquenta na primavera, as chances de chuva também aumentam. Já a temperatura varia entre 13°C e continua a ficar mais quente semana a semana, atingindo uma média máxima de 21°C (70°F) em junho. Eu visitei a cidade no início da primavera e as temperaturas ficam amenas durante o dia, com manhãs e noites bem geladinhas.

Verão: Essa é a época mais popular para visitar Veneza, então se prepare para encontrar multidões e mais multidões de turistas, filas imensas nas principais atrações e preços mais elevados. A temperatura média é de 28°C (82°F), mas podem chegar a 35°C, com sensação térmica ainda maior. Se você planeja visitar nos meses de verão, faça suas reservas de hotel com bastante antecedência e compre ingressos sem fila, se possível.

Outono: No início do outono, a quantidade de turistas ainda é alta, mas vai diminuindo até o final de outubro. As máximas variam de 21°C no início do outono até chegarem a média de 13°C no final da temporada. O outono é a época mais chuvosa para visitar Veneza (final de setembro até o início de novembro), então traga um guarda-chuva se planeja estar aqui nesta época.

Resumindo, acredito que a melhor época para visitar Veneza é do final de abril até maio. O tempo está bom, os preços estão equilibrados e há menos turistas (mas tente evitar o feriado da Páscoa).


  • Onde se hospedar em Veneza?

Veneza é formada por bairros, também chamados de sestieri, e cada bairro tem suas vantagens e desvantagens para os viajantes. Alguns sestieri contêm os locais mais populares de Veneza, mas com isso vem um grande número de turistas e preços caros. E em alguns sestieri, você terá uma experiência mais tranquila, mas também estará caminhando e usando mais o transporte público, por isso é importante se organizar previamente.

San Marco, San Polo, Cannaregio, Castello, Dorsoduro e Santa Croce são os seis principais sestieri que compõem a cidade de Veneza, e cada um tem características únicas e encantadoras!

Luxo: Se dinheiro não é problema, dê uma olhada no Gritti Palace. Este hotel tem uma localização privilegiada, no coração de San Marco, e ocupa um antigo palácio. Todos os quartos são luxuosos e decorados com móveis de época e cristais de Murano, com vistas para o Grande Canal.

Upscale: O Hotel American-Denisen  tem quartos luxuosamente decorados e alguns têm uma pequena varanda com vista para o Canal São Vio, no distrito de Dorsoduro, a apenas 250m da Academia de Belas Artes e da Colecção Peggy Guggenheim. Se você estiver viajando em família, o quarto quádruplo pode acomodar até cinco pessoas.

Intermediário: Hotel Olimpia Venezia está localizado em Santa Croce, portanto, não é no coração de Veneza, mas tem suas vantagens. Em apenas alguns minutos, você pode caminhar até a estação de trem, a rodoviária e os estacionamentos, o que torna muito fácil entrar e sair de Veneza. Os quartos são decorados com móveis venezianos do século XVIII e tem vistas para um canal.

Baixo orçamento em Veneza: O Combo Venezia é um albergue localizado em Cannaregio, a 10 minutos da Ponte Rialto e ocupa um mosteiro reformado do século XII.

Baixo orçamento fora de Veneza: A Villa Antica Graziela é um hotel econômico localizado em Marghera, na parte continental de Veneza. Para chegar ali, é preciso pegar um ônibus, que levar de 10 a 30 minutos, dependendo do trânsito. Os quartos contam com banheiro privativo, ar-condicionado e WiFi gratuito.


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