Pedro Ludovico Teixeira, interventor federal nomeado por Getúlio, foi uma figura fundamental para a construção de Goiânia, pois foi ele que criou a primeira comissão a fim de escolher o local e os técnicos responsáveis para a nova capital. No relatório final dessa comissão, ficou decidido que a cidade seria construída em uma região de fazendas no povoado de Campinas e que o nome seria Goiânia, não revelando os motivos para tal escolha, permanecendo um mistério até hoje. Já a inauguração da nova cidade de fato ocorreu em 1937.
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Informações práticas:
Estado: Goiás
Fundação: 1933
População: 1.466.00 (2017) – 1° estado | 12° país
Gentílico: goianiense



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O que visitar:
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Trampolim e Mureta do Lago das Rosas
Construído na década de 1940, o Lago das Rosas foi o primeiro parque da cidade, tendo esse nome pois ali se encontrava um grande canteiro de rosas. Eleito o principal cartão postal de Goiânia pelos seus moradores, o parque abriga 2 fragmentos em Art Déco: um curioso trampolim e as muretas do lado norte do lago, que passam quase despercebidas pela maioria das pessoas.
Endereço: Alameda das Rosas, 957 – Setor Oeste

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Estação Ferroviária
Um dos marcos da cidade, a estação foi inaugurada em 1950 e ficou em funcionamento até 1980, fazendo parte da antiga Estrada de Ferro Goyaz. Depois de anos de abandono e vandalismo, a estação começou a ser restaurada no final de 2017 em uma obra orçada em mais de 5 milhões de reais e que também inclui intervenções paisagísticas na região ao redor, que hoje está bem degradada e insegura.
Endereço: Praça da Estação, Avenida Goiás x Avenida Independência – Setor Central

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Grande Hotel
Inaugurado em 1937, foi o primeiro hotel da cidade, recebendo hóspedes ilustres, como Monteiro Lobato e o chileno Pablo Neruda. Há alguns anos, porém, seus 60 quartos não recebem mais hóspedes. No local agora funciona um museu e centro cultural, com biblioteca e várias atividades socioeducativas, apesar da má conservação do seu edifício.
Endereço: Avenida Goiás, 462, esquina com a Rua 3 – Setor Central

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Palácio das Esmeraldas
É o edifício mais famoso e simbólico da cidade, além de ser, na minha opinião, o mais bem preservado desta lista do IPHAN. É a residência oficial do governador do estado e palco das principais decisões administrativas. Inaugurado junto com a cidade, em 1937, seu nome é uma referência ao verde-esmeralda de sua fachada. Conta com inúmeros aposentos, um imponente salão nobre e um bonito jardim logo na entrada do edifício, com um chafariz e um busto em homenagem a Pedro Ludovico Teixeira.
Visitas ao interior do palácio são permitidas apenas com dias e horários pré-agendados.
Endereço: Praça Cívica Pedro Ludovico Teixeira – Setor Central.

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Teatro Goiânia
Mais antigo, tradicional e significado espaço cultural da cidade, o Cine Teatro Goiânia começou a ser construído em 1940 e inaugurado em 1942 pelo próprio interventor do estado, Pedro Ludovico, com a exibição do filme Divino Tormento do diretor W. S. Van Dyke. Apesar de ter sido projetado para cinema e teatro, poucos filmes ali foram apresentados ao longo da história, sendo palco de constantes peças teatrais, danças, música erudita e orquestras sinfônicas.
Endereço: Avenida Tocantins x Avenida Anhanguera – Setor Central

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Coreto
Em 1942, centenas de pessoas vieram de várias regiões do estado para prestigiar o Batismo Cultural de Goiânia, com a presença da Banda Sinfônica da cidade, e que aconteceu no Coreto da Praça Cívica. Décadas depois, porém, o que se vê é o completo abandono. O coreto está desfigurado, pichado e virou lar para moradores de rua (o cheiro de urina é bem forte ali). Uma pena.
Endereço: Localiza-se no início da Avenida Goiás, ao lado do Relógio e da Praça Cívica – Setor Central.
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Relógio
Inaugurado em 1942 junto com o Batismo Cultural da cidade, o relógio foi projetado por Américo Vespúcio Pontes para marcar o início da principal avenida do traçado urbano da capital, a Avenida Goiás.
Endereço: Avenida Goiás, ao lado do Coreto – Setor Central.
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Museu Casa Pedro Ludovico
Iniciada em 1934 e concluída em 1937, o imponente casarão em Art Déco foi um projeto do escritório de Coimbra Bueno, com uma pequena participação de Atílio Corrêa Lima. Serviu como residência oficial do interventor Pedro Ludovico Teixeira até o ano de sua morte, em 1979. Nesse mesmo ano foi autorizada a construção de um museu na antiga residência, algo que só se concretizou em 1987. Nele, o visitante pode conferir boa parte do acervo original da casa, incluindo móveis, porcelanas, vestuário e a biblioteca particular de Ludovico.
Endereço: Rua Dona Gercina Borges Teixeira, 47 – Setor Central.

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Antiga Chefatura de Polícia
Construído na década de 1930 para abrigar a Chefatura de Polícia, o edifício já abrigou a Superintendência de Planejamento do Estado, a Empresa de Obras Públicas e a Procuradoria Geral do Estado. Hoje, porém, o edifício estava abandonado na época, com sua fachada vandalizada.
Li noticias que em 2019 o prédio começou a ser restaurado para abrigar o Centro de Memória da Polícia Civil em Goiás.
Endereço: Praça Cívica Pedro Ludovico Teixeira – Setor Central.
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Fórum
Localizado ao lado do Palácio das Esmeraldas, o edifício abriga atualmente a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás.
Endereço: Praça Cívica Pedro Ludovico Teixeira – Setor Central.

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Obeliscos
Os pequenos obeliscos ficam espalhados pela Praça Cívica e servem para referenciar a construção da cidade.
Eai, gostaram do riquíssimo patrimônio Art Déco de Goiânia?
Abaixo estão os outros bens incluídos na lista do IPHAN, mas que não tive a oportunidade de conhecer ainda:
- Fontes Luminosas
- Delegacia Fiscal
- Museu Zoroastro Artiaga
- Secretaria geral
- Tribunal Eleitoral
- Liceu de Goiânia
- Escola Técnica Federal de Goiás
- Antigo Palace Hotel
- Sede do Fórum e da Prefeitura de Campinas

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Se localize:
Conheça 5 parques de Goiânia aqui.
Uma pena não estar conservado, mas adorei as fotos. Seu blog tem um grande diferencial de se aprofundar na história das cidades, prédios e monumentos, Parabéns
Oieee, muito obrigado pelo comments. Fico feliz que vc tenha gostado da proposta do blog *_*
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Sempre curto teu blog, do conteúdo, as curiosidades sobre os lugares e atrativos. Mas creio que não seja Goiânia ser considerada a capital do art-déco do país e sim, o Rio, que é considerada uma das capitais mundiais do art-déco, inclusive, em número de edifícios desse estilo (inclusive, a maior estátua art-déco do mundo, é do Rio – Cristo Redentor).
Oie Vladimir,
Obrigado pelo seu comentário. Realmente, as duas cidades fazem jus ao título de “capital nacional do art déco”. O Rio tem o maior (e talvez o mais famoso) conjunto de construções neste estilo da América Latina. Já Goiânia foi construída do zero utilizando construções em art déco, incluindo todos os principais prédios públicos. Decisão difícil essa hein