Cachoeira de Emas, a praia do centro-leste paulista

Quem disse que não tem praia no interior de São Paulo? Bem, não é exatamente uma praia como estamos acostumados e sim um gramado às margens de um rio, um dos maiores e mais volumosos do estado e que foi transformado em prainha.

Estou falando de Cachoeira de Emas, distrito que pertence ao município de Pirassununga, localizado no centro-leste paulista, há apenas uma hora e meia de Campinas. Já o rio em si é o Moji-Guaçu, que nasce na cidade de Bom Repouso/MG e tem sua foz no rio Pardo, na cidade de Pontal, em São Paulo.


  • Informações práticas:

Distrito: Cachoeira de Emas
Cidade: Pirassununga
Estado: São Paulo
População: 75 mil (2017) – 442° país.
Gentílico: pirassununguense
IDH: 0.801 (2010) – 21° entre 645 municípios do estado


  • O distrito de Cachoeira de Emas

Com mais de 75 mil habitantes, 6 mil apenas em Cachoeira de Emas, Pirassununga é a maior cidade da microrregião onde está inserida e também a que mais recebe turistas, graças principalmente a fama de seu distrito.

E bota fama nisso. Aos finais de semana, dezenas de ônibus vindos de todas as partes do estado e do sul de Minas trazem inúmeros turistas em busca de lazer, diversão, tranquilidade e, por que não, de um bronzeado também.

O distrito também é um importante ponto de parada para romeiros que vem de Tambaú, cidade vizinha ao distrito e que é ponto de peregrinação devido ao Padre Donizette Tavares de Lima, que realizou a maioria de suas obras filantrópicas ali.

Já Cachoeira de Emas tem esse nome devido as inúmeras cachoeiras que se formaram depois da construção de barragens da PCH Emas (Pequena Central Hidrelétrica de Emas), uma usina inaugurada em 1922 pela Central Elétrica de Rio Claro e que, depois de vários problemas de operação, foi desativada em 1987. Aparentemente abandonados, os antigos prédios da usina formam um interessante contraste com a natureza ao seu redor.


  • Como chegar:

Pirassununga está a apenas 131 km de Campinas e pode ser facilmente acessada pela Rodovia Anhanguera. Para quem vem de São Paulo (212 km) e litoral, como Santos (300 km), o acesso também pode ser feito pela mesma rodovia.

Chegando em Pirassununga, o distrito está a apenas 10 minutos do centro e é acessado pela SP-201. Todo o trajeto é asfaltado e bem sinalizado.

No distrito existem estacionamentos públicos e particulares que ficam bem próximos ao rio.


  • Mas e a tão falada prainha, realmente vale a pena?

Vale sim, mas ela é bem improvisada, com um gramado e algumas partes com areia bem grossa e avermelhada, sem falar no tom amarronzado das águas do rio, que podem não agradar a todos.

Apenas um pequeno trecho do rio é liberado para os banhistas, devido a sua profundidade e forte correnteza, mas essa área é delimitada e sempre há salva-vidas ao redor.

Mais que a prainha em si, as cachoeiras são, para mim, o real atrativo da região. Apesar de serem artificiais e bem baixinhas, elas transmitem uma sensação de paz muito boa, além de renderem fotos bem interessantes. Para os mais corajosos (e bota coragem nisso) é possível chegar até as cachoeiras e se banhar nelas (mas é preciso tomar cuidado, porque nessa área o volume de água é muito grande e não há salva-vidas).


  • O que fazer além da praia?

A região conta com uma boa infraestrutura, que inclui vários quiosques que podem ser alugados para o dia, além de um centro médico, teatro de arena, centro comercial com inúmeras lojinhas populares, uma pequena praça com coreto e uma Capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida.

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais, a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento do Polo Centro Leste da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo e parte da Academia da Força Aérea também se localizam no distrito.

Nos últimos anos, Cachoeira de Emas também se tornou um interessante polo gastronômico, com inúmeros restaurantes a beira rio, como os restaurantes Beira Rio, Piracema e do César, que foi minha escolha (paguei R$35,00 pelo self-service + um prato principal que poderia ser um peixe, frango ou carne vermelha).

A Beira Rio é repleta de chalés, restaurantes e lanchonetes
Capela de Nossa Senhora Aparecida

Até 2010, funcionava no distrito o Ecomuseu, um interessante espaço que abrigava inúmeros aquários com espécies oriundas de vários rios da região e que era um dos primeiros museus especializados em peixes de água doce do país. Hoje, resta apenas o histórico edifício do museu, que fazia parte do conjunto da antiga usina e que está completamente abandonado. Se você olhar pelos vidros quebrados do antigo museu, é possível observar que toda a estrutura interna e a mobília foi simplesmente esquecida lá.

Ecomuseu: fechado desde 2010

Outro ponto de destaque em Cachoeira de Emas é a ponte velha sobre o rio Mogi, que é um marco arquitetônico da região. Oficialmente chamada de Attilio Zero, a ponte faz parte da SP-201 e oferece as melhoras vistas das cachoeiras.

Ponte velha sobre o Rio Moji

  • Onde se hospedar  na região

Apesar da sua popularidade, não há muitas opções de hospedagem nos arredores do distrito. No entanto, existem algumas opções de acomodação na região, como:

Charles Hotel: situada em Porto Ferreira, este hotel 4 estrelas dispõe de jardim e quartos com ar-condicionado e Wi-Fi gratuito. A acomodação dispõe de lounge compartilhado e serviço de quarto.

Habitat Hotel Pirassununga: localizado em Pirassununga, tem um restaurante, recepção 24 horas e serviço de quarto, além de Wi-Fi gratuito em toda a propriedade.

Hotel Casa Grande: Com um bar, o Hotel Casa Grande está situado em Porto Ferreira. A propriedade oferece serviço de quarto, recepção 24 horas e Wi-Fi gratuito em todas as áreas. O hotel dispõe de quartos família.

Hotel JF: o hotel dispõe de terraço, WiFi gratuito, estacionamento privativo de cortesia e café da manhã continental.

Lembre-se de verificar a disponibilidade, preços e outras informações relevantes diretamente com as acomodações.


  • Quando ir?

A melhor época para visitar a Cachoeira de Emas em Pirassununga, São Paulo, é durante a estação seca, que vai de maio a setembro. Nessa época do ano, há menos chuvas e as cachoeiras e as piscinas naturais estão mais cristalinas, o que torna o local ainda mais bonito e agradável para passeios e banhos.

Durante a estação chuvosa, que ocorre entre outubro e abril, as cachoeiras podem ficar mais cheias e perigosas para banhos, além do acesso às trilhas ficarem mais difíceis e escorregadias devido às chuvas.

No entanto, é importante lembrar que a Cachoeira de Emas é uma área de preservação ambiental, e pode haver restrições de acesso em algumas épocas do ano

Cachorrinho fazendo pose às margens do rio

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