Fundada em 1727 por Bartolomeu Bueno da Silva a Cidade de Goiás foi uma das primeiras vilas fundadas no Brasil colonial. Devido a exploração de minérios, se tornou também uma das cidades mais ricas do período.
Porém, com o declínio do ouro e a perda de sua importância econômica, Goiás deixou de ser a capital do Estado, mas acabou preservando seu riquíssimo centro histórico que, assim como a maioria das cidades coloniais, é repleto de belíssimas e imponentes igrejas. Vamos conhecê-las?
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Catedral de Sant’Anna
A Igreja de Sant’Anna, Catedral da Cidade de Goiás, teve sua construção iniciada em 1743 por determinação do ouvidor geral Manoel Antunes da Fonseca. Após várias demolições e reconstruções, no decorrer dos séculos XVIII e XIX, recebeu em 1929 um projeto elaborado pelo arquiteto carioca Gatão Bahiana.
Curiosamente, devido a grande dimensão do projeto e a grave crise financeira que a cidade passou durante o século XX, a obra jamais foi concluída, incluindo as duas torres da fachada.
Porém, foi aberta ao público em 1967, quando recebeu acabamento e vitrais nas janelas, se tornando a maior igreja do centro histórico em área construída.
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Igreja de São Francisco de Paula
Construída em 1761, essa igreja apresenta em sua organização as características gerais dos edifícios religiosos goianos do século XVIII. É uma das poucas igrejas da cidade a apresentar pinturas no teto, além de ser a única a possuir pintura no forro da capela-mor.
Possui também bonita ornamentação em madeira talhada. Desde 1863, a igreja é sede da Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos.
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Igreja de Santa Bárbara
Localizada no alto de um outeiro, junto a uma das saídas da cidade, é a mais distante das igrejas do centro histórico, mas oferece lá do alto uma bela vista de toda a região, com a cidade sendo contornada pela Serra Dourada.
Com construção iniciada em 1775, a primeira missa nessa igreja foi realizada em 1780. Além de ter sido uma das últimas igrejas implantadas na antiga Vila Boa, é também a única construída em pedra sabão.
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Igreja de Nossa Senhora D’Abadia
Essa pequena igreja foi construída em 1790 pelo padre Salvador dos Santos Batista a partir de ofertas da população do povoado. Apesar de suas dimensões e simplicidade, é considerada um dos mais bem elaborados edifícios da cidade, com bonita decoração interna.
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Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte
Talvez a mais expressiva igreja da cidade e uma das mais belas construções do centro histórico, as obras foram iniciadas em 1762 para ser uma pequena capela dedicada à Santo Antônio.
Tal capela deveria atender os militares da Vila, porém, com a proibição de templos religiosos pertencentes a militares, a capela foi doada à Irmandade dos Homens Pardos da Boa Morte, que a concluiu em 1779.
É atualmente o único edifício religioso da cidade com elementos característicos do barroco, principalmente em seu interior. Há alguns anos a Igreja da Boa Morte abriga o Museu de Arte Sacra, um dos mais ricos da região (é proibido fotografar em seu interior).
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Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Construída pelos padres dominicanos na década de 1920 no mesmo local onde existiu a antiga igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a atual Igreja do Rosário destoa do conjunto de edifícios da antiga capital por apresentar características arquitetônicas completamente diferentes.
Edifício neogótico, com uma única torre centralizada e que pode ser vista de toda a região, apresenta em seu interior um conjunto de afrescos elaborados pelo padre italiano Frei Nazareno Confaloni.
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Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Edificada em meados do século XVIII pelo secretário de Governo Diogo Luiz Peleja, a Igreja do Carmo foi cedida à Confraria de São Benedito dos Crioulos, que passou a ocupá-la em 1786.
É o edifício que apresenta a solução mais complexa de planta na Cidade de Goiás, com a utilização de uma nave octogonal e arcos característicos da arquitetura portuguesa.
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Que pena , a maioria das igrejas estavam fechadas…fiquei muito triste pois vim de São Paulo.
Olá, Raquel. Como vai?
Infelizmente também não tive muita sorte e a maioria das igrejas estavam fechadas durante a minha viagem, mas mesmo assim conseguimos admirar a belíssima arquitetura delas, não é mesmo?!
Continue acompanhando as postagens do Viajante Sem Fim. 🙂