Queridinha dos viajantes, principalmente os mochileiros, a República Tcheca se destaca como um dos destinos mais queridos e visitados da Europa devido as suas belíssimas cidades, rica cultura, custo de vida baixo e hospitalidade de seus habitantes.
Localizado no Leste europeu, mais precisamente na Europa Central, a República Tcheca faz divisa com Alemanha, Áustria, Polônia e Eslováquia, sendo que a ligação à esses países é muito barata e rápida, o que facilita muito um passeio bate e volta.
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Informações práticas
Nome: República Tcheca
Capital: Praga
Maiores cidades: Praga, Brno, Ostrava, Plzeň e Liberec.
Moeda: Coroa tcheca
População (2016): 10 milhões (84° mundo)
IDH (2017): 0.888 (27° mundo)
Idioma oficial: Tcheco (a língua tcheca em um primeiro momento pode assustar, mas nos lugares turísticos é muito fácil se comunicar em inglês, então não se preocupe).
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História
A região onde hoje é a República Tcheca fazia parte do Reino da Boêmia, estabelecido formalmente em 1212. Já no século XVI, o reino foi integrado na Monarquia de Habsburgo como uma de suas três partes principais, ao lado da Áustria e do Reino da Hungria. Depois, passou por uma série de conflitos, como a Revolta Boêmia e a Guerra dos Trinta Anos, que transformaram a politica do reino e trouxe uma forte influência germânica.
Em 1806, o Reino da Boêmia anexou-se ao Império Austríaco, tornando-se uma das maiores potências industriais da Europa. Já em 1918, após o fim do Império Austro-Húngaro, a região passou a fazer parte da República da Checoslováquia, que em 1933 se tornou a única democracia na Europa Central.
Já após a II Guerra Mundial, a Checoslováquia tornou-se um Estado Comunista sob a influência soviética até 1989, quando através do episódio conhecido como Revolução de Veludo (nome dado graças ao clima pacífico da revolução), o regime comunista saiu de cena. Em 1993, a Checoslováquia se separa oficialmente formando dois países distintos: República Tcheca e Eslováquia.
Atualmente, o país é um dos mais desenvolvidos e ricos do mundo, com ótimos índices sociais – é um dos países mais pacíficos do mundo e um dos melhores em governança democrática.
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Documentação e visto
Brasileiros não necessitam de visto para entrar no país – para estadia de até 90 dias, é necessário apenas um passaporte válido por no mínimo três meses depois da data de entrada ao país.
É necessário também apresentar um seguro de viagem internacional que cubra despesas médicas básicas. Não há vacinas obrigatórias – mas se tiver sua carteira de vacinação internacional, não deixe de levá-la.
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Custo de vida e moeda
Apesar de fazer parte da União Europeia desde 2004, a República Tcheca ainda não faz parte da Zona do Euro, ou seja, sua moeda ainda não é o Euro e sim a Coroa Tcheca – identificada pela sigla CZK e pelo símbolo Kč.
O real não é aceito no país, então o ideal é levar euro ou dólar, facilmente trocados em casas de câmbio.
No período da minha viagem (abr/2019) 1 Euro era igual a 25 coroas tchecas. Para efeito de comparação, no supermercado, uma garrafa de água (1,5 l.) ou uma lata de cerveja nacional saem por cerca de 16 coroas, ou seja, menos de 1 Euro.
Aliás, vale reforçar que a República Tcheca é um dos países mais baratos da Europa para viajar. Porém, hospedagem, alimentação e compras em lugares muito turísticos, como o entorno da Praça Velha de Praga, costumam ser bem mais caras – um almoço para duas pessoas em um restaurante nessa região dificilmente sairá por menos de 600 coroas.
Para trocar dinheiro em Praga, a maioria das casas de câmbio se localizam na região da Na Příkopě, principal rua comercial da cidade – nessa rua também estão grandes lojas de departamento e marcas famosas como Zara e Lacoste.
Ah, cartões de crédito internacional também são aceitos em praticamente todo o comércio.
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Alimentação
A culinária tcheca tem fortes influências dos países vizinhos, como Alemanha, Áustria e Hungria. O arroz com feijão da República Tcheca é o Vepro-Knedlo-Zelo, feito com carne de porco, almôndegas e repolho. Por ser o prato mais famoso do país, é encontrado em praticamente todos os restaurantes. Outro prato típico é o Svičkova, feito com carne bovina, molho de verduras, massa de pão ou batatas.
Partindo para as sobremesas, o Trdlo é o mais famoso deles. Essa espécie de bolo de espeto é feito com massa rolada em torno de um espeto, é grelhado e recoberto com açúcar ou nozes. Já o recheio pode ser de Nutella, creme ou sorvete. Facilmente encontrado em qualquer esquina de Praga, eles custam cerca de 120 coroas – mas vou ser sincero, apesar da boa aparência, eles são extremamente doces.
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Segurança
O país tem baixa taxa de criminalidade e a violência urbana é quase inexistente. Porém, por ser um dos países que mais recebem visitantes no mundo, turistas com certa frequência acabam sendo alvo de pessoas mal-intencionadas. Então, sempre fique de olho em seus pertences e não dê bobeira, principalmente em áreas movimentadas. Tomando esses cuidados, tenho certeza que sua viagem será perfeita, assim como a minha foi.
A República Tcheca é também um dos países mais seguros para o turismo gay, principalmente Praga, que se tornou na última década um dos destinos mais badalados, com uma grande oferta de serviços voltados para o público LGBTQ+ (a união oficial de casais do mesmo sexo no país é legalizada desde 2006).
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Transporte e Infraestrutura
Se locomover pelo país é simples, pois há muitas opções de transporte, como avião, trem e ônibus – dependendo do destino e da antecedência da compra, os valores costumam ser bem em conta. O país tem excelente infraestrutura, com estradas duplicadas, pavimentadas e bem sinalizadas, além de ampla oferta de serviços. Em grandes cidades, como Praga, há também metrô e linhas de bonde.
O país tem 46 aeroportos, sendo o Aeroporto de Praga Václav Havel o principal deles, recebendo voos diários das principais cidades europeias e um movimento anual de 12 milhões de pessoas. As duas principais companhias aéreas do país, a Czech Airlines (ČSA) e a Travel Service, tem hubs nesse aeroporto.
Já a Dráhy České (ferrovias checas), se consiste na mais densa rede ferroviária de Europa, ligando todas as regiões do país.
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Como foi a minha viagem
Minha viagem pela República Tcheca fez parte de um maravilhoso mochilão de 38 dias pela Europa. Ao todo foram 4 dias no país, sendo que em um deles fiz bate e volta até Dresden, na Alemanha. Já no 5° dia, segui para Paris, dando sequência ao meu mochilão.
Por ser a capital e maior cidade do país, utilizei Praga como base para conhecer outras cidades da região.
Cheguei em Praga em um domingo a tarde depois de uma viagem de 7 horas vindo de Budapeste – a viagem foi feita em um ônibus da FlixBus e custou €35,99. Meu ponto final foi a Florenc Praha Bus Station, o terminal rodoviário usado pelas companhias Euroline e FlixBus. É a partir dessa rodoviária que partem os ônibus para todas as maiores cidades do país e também para países vizinhos.
A fim de facilitar a minha viagem e evitar maiores gastos com locomoção, reservei um hostel localizado há apenas 10 minutos da Florenc Praha, o Hostel Boudnik. Localizado no bairro Praga 3, a hospedagem tem avaliação 8.2 no booking.com e 5 diárias me custou R$243,00 (2019).
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meu Roteiro
Segunda, 22 de abril: Praga
Terça, 23 de abril: Praga > Dresden (Alemanha) > Praga
Quarta, 24 de abril: Praga > Cesky Krumlov > Praga
Quinta: 25 de abril: Praga
Sexta: 26 de abril: Praga > Paris
Veja o meu roteiro completo por Praga aqui.
Dia 1:
No primeiro dia de viagem pelo país, conheci a maioria das grandes atrações turísticas de Praga e que fazem dela uma das cidades mais bonitas e famosas do mundo: Praça da Cidade Velha, Ponte Carlos, Catedral de São Vito e o Castelo de Praga.
Dia 2:
No meu segundo dia, fiz um bate e volta até Dresden, linda cidade alemã localizada a apenas duas horas de Praga e um dos destinos mais famosos para se visitar a partir da capital tcheca. Para chegar até ela, peguei um ônibus da FlixBus na Florenc Praha Bus Station por cerca de €10.
Dia 3:
Utilizando mais uma vez a FlixBus a partir da Florenc Praha, segui por uma viagem de 4 horas até um dos lugares mais bonitos que conheci durante meu mochilão, a pequena cidade medieval de Český Krumlov.
Eu escrevi um post só sobre a cidade e você pode conferir aqui.
Dia 4:
O meu quarto e último dia de turismo pelo país foi reservado para conhecer melhor Praga. Sai andando pelas monumentais ruas da cidade velha e visitando igrejas, museus e praças históricas. Os destaques do dia ficaram por conta da Parque e Torre Petřín, Casa Dançante, o Teatro Nacional e o Museu Nacional de Praga.
Veja o meu roteiro pelo Parque Petřín aqui.
No meu quinto dia, segui viagem logo cedo para Paris através de um voo da RyanAir, mas com um grande desejo: voltar o mais rápido possível para esse lindo país. A República Tcheca conquistou meu coração.
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