A Basílica de São Marcos (Basilica di San Marco) é uma das catedrais mais impressionantes e complexamente projetadas do mundo e não é de admirar que desde que os restos de São Marcos foram levados à Veneza no ano 829, essa seja a principal atração da cidade, atraindo visitantes de todo o mundo para admirar sua arquitetura única, seus mosaicos dourados e suas obras de arte.
Ela também é um importante local de culto para os católicos da cidade, que celebram missas e outras cerimônias religiosas na igreja, além de abrigar dois museus com inúmeras peças de grande valor: o Museu de São Marcos e o Tesouro.
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História
A história da Basílica de São Marcos remonta ao século IX, quando o corpo do evangelista São Marcos foi supostamente trazido de Alexandria, no Egito, para Veneza por dois comerciantes venezianos. Segundo a lenda, a igreja foi construída para abrigar as relíquias do santo, que se tornou o padroeiro da cidade anos depois.
Com isso, a construção da basílica começou no ano 976 e levou cerca de onze anos para ser concluída. Ela foi construída no estilo bizantino, com influências do estilo românico e gótico, apresentando uma fachada de mármore decorada com mosaicos e esculturas, além de cinco cúpulas, sendo a principal delas decorada com mosaicos dourados.
Ao longo dos séculos, a Basílica de São Marcos sofreu várias reformas e ampliações. Durante a Idade Média, por exemplo, a igreja se tornou um importante centro religioso e político da cidade, e muitos doges venezianos foram enterrados lá (doges eram os governantes da República de Veneza). Já durante o Renascimento, a Basílica foi reformada e decorada com obras de artistas como Tintoretto e Veronese.
Durante a ocupação francesa de Veneza no início do século XIX, a Basílica de São Marcos foi saqueada e grande parte de suas obras de arte foram levadas para a França. No entanto, muitas dessas obras foram devolvidas após a queda de Napoleão.
Mais recentemente, após inúmeros restauros, a cripta onde repousa os restos mortais de São Marcos foi reaberta ao público, mais precisamente em 1889. Ela fica localizada abaixo do presbitério e é cercada de mistérios, principalmente após um historiador britânico afirmar que essa cripta também guarda os restos mortais de Alexandre, o Grande, teoria essa que ainda não foi provada.
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Onde fica
A Basílica de São Marcos está localizada na Praça de São Marcos, ao lado do também mundialmente famoso Palácio Ducal.
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A praça é o ponto mais baixo de Veneza, portanto, quando há Acqua Alta (temporada de marés altas na Lagoa de Veneza), é o primeiro local a ser inundado, junto com a Basílica. Quando isso acontece, as autoridades colocam passarelas de madeira para os moradores e turistas circularem.
Se você estiver andando pelas ruas de Veneza e deseja chegar à Basílica, é só seguir às placas “Basílica di San Marco”. Você também pode seguir as indicações para o Palácio Ducal, “Palazzo Ducale” ou “Doge’s Palace”.
A distância da estação de trem ou rodoviária até a Praça de São Marcos é de cerca de 30 minutos. De ônibus aquático, a viagem da Estação Santa Lucia ou da Piazzale Roma leva entre 20 e 45 minutos com as linhas 1, 51 e 2.
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Informações importantes
Entrada com bolsas ou mochilas
– Por questões de segurança, não é permitido o transporte de bolsas ou mochilas durante a visita à catedral. À esquerda da igreja, no portão norte da Piazetta, fica o guarda-volumes – deixe suas malas por lá antes de entrar na fila.
Horário de funcionamento
✓ O acesso à Basílica de São Marcos é possível durante todo o ano.
– 29 de outubro a 15 de abril
Das 9h30 às 17h
Domingo e Feriados
Das 14h às 16h30
– 16 de abril a 28 de outubro
9h30 às 17h00
Domingo e Feriados
Das 14h às 17h
Valores
✓ Entrada à Basílica: gratuita.
✓ Museu de São Marcos: € 5
✓ Tesouro: € 3
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A visita
Como dito anteriormente, visitar a Basílica de São Marcos é item obrigatório para qualquer pessoa que esteja em Veneza. E para trazer mais segurança aos visitantes, é obrigatório passar pelo raio X e por uma verificação de segurança antes de ingressar na basílica, o que faz com que a fila para visitá-la seja bem grande e possa durar algumas horas, principalmente durante a alta temporada.
Durante a minha visita, em um sábado à tarde de março de 2019, havia uma fila para ingressar, mas nada fora do normal – fiquei cerca de 20 minutos aguardando.
Depois de passar pelo raio X, ingressei na igreja por uma de suas portas laterais e logo de cara já fiquei impressionado com a grandiosidade do lugar.
Não há um roteiro certo para se fazer lá dentro, mas você pode seguir o fluxo de turistas, que por sua vez é guiado pelas cordas que protegem as áreas internas da basílica. No seu tour, não deixe de apreciar a riqueza de detalhes das paredes e do telhado.
Caminhando até o altar, chega-se ao Pala d’Oro (“Retábulo de Ouro”), um enorme altar criado por ourives de Veneza e Constantinopla e decorado com ouro e pedras preciosas – essa peça estava entre os objetos que Napoleão levou para a França. E olha, os números desse altar impressionam:
São 3,45 metros de comprimento e 1,4 metros de altura com 1.300 pérolas, 300 esmeraldas, 300 safiras, 400 granadas, 100 ametistas, juntamente com rubis e topázio. É uma peça tão rica que chega a incomodar haha.
À direita do altar principal está o Museu do Tesouro, conhecido apenas como Tesouro (Museo d’OrosoTesor).
São 283 peças de diversos materiais dividido em 4 seções:
– Objetos da Antiguidade e da Primeira Idade Média;
– Ourivesaria bizantina;
– Objetos de arte islâmica;
– Objetos de origem ocidental.
Além do Tesouro, também há o Museu de São Marcos (Museo di San Marco), criado no século XIX e que abriga a Quadriga Triunfal, os quatro famosos cavalos de bronze trazidos de Constantinopla e que por séculos decoraram a fachada da basílica. Depois de terem sido saqueados e devolvidos, os originais foram trazidos para esse museu e cópias foram colocadas na fachada.
O museu também abriga pinturas de Paolo Veneziano, tapeçarias persas, esculturas bizantinas do século XII, manuscritos iluminados com os textos das liturgias de São Marcos, fragmentos de antigos mosaicos removidos durante a restauração no século XIX e inúmeras outras peças de arte sacra.
Por se localizar no 2° piso, o museu também dá acesso ao terraço da basílica, que pra mim, foi o ponto alto da visita aqui.
Deste terraço provavelmente se tem a mais bela vista da Praça de São Marcos e toda a sua grandiosidade.
Além disso, é possível admirar de perto alguns dos detalhes da fachada, em especial os 4 cavalos de bronze (mas desta vez, as cópias hehe).
E esse foi o meu tour pelo interior da Basílica de São Marcos, algo de durou cerca de 40 minutos – muitas vezes o tempo que você passa na fila é maior haha. O passeio é muito interessante e rico, principalmente para os amante de arquitetura e história.
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Melhor época para ir
Em geral, a primavera e o outono são as melhores épocas do ano para visitar Veneza. Durante esse período, o clima é ótimo para passear e as multidões tendem a ser menores do que nos movimentados meses de verão.
Inverno: Se você visitar a cidade durante essa temporada, tenha ciência que o frio é alto hehe, com temperatura média girando em torno dos 7° C, podendo chegar próximo dos 0° C. Em compensação, esta é a época mais seca do ano e quando há menos turistas, com exceção do período do Carnaval, um dos maiores festivais de Veneza e que acontece no final de fevereiro.
Primavera: À medida que o clima esquenta na primavera, as chances de chuva também aumentam. Já a temperatura varia entre 13°C e continua a ficar mais quente semana a semana, atingindo uma média máxima de 21°C (70°F) em junho. Eu visitei a cidade no início da primavera e as temperaturas ficam amenas durante o dia, com manhãs e noites bem geladinhas.
Verão: Essa é a época mais popular para visitar Veneza, então se prepare para encontrar multidões e mais multidões de turistas, filas imensas nas principais atrações e preços mais elevados. A temperatura média é de 28°C (82°F), mas podem chegar a 35°C, com sensação térmica ainda maior. Se você planeja visitar nos meses de verão, faça suas reservas de hotel com bastante antecedência e compre ingressos sem fila, se possível.
Outono: No início do outono, a quantidade de turistas ainda é alta, mas vai diminuindo até o final de outubro. As máximas variam de 21°C no início do outono até chegarem a média de 13°C no final da temporada. O outono é a época mais chuvosa para visitar Veneza (final de setembro até o início de novembro), então traga um guarda-chuva se planeja estar aqui nesta época.
Resumindo, acredito que a melhor época para visitar Veneza é do final de abril até maio. O tempo está bom, os preços estão equilibrados e há menos turistas (mas tente evitar o feriado da Páscoa).
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Onde se hospedar em Veneza?
Veneza é formada por bairros, também chamados de sestieri, e cada bairro tem suas vantagens e desvantagens para os viajantes. Alguns sestieri contêm os locais mais populares de Veneza, mas com isso vem um grande número de turistas e preços caros. E em alguns sestieri, você terá uma experiência mais tranquila, mas também estará caminhando e usando mais o transporte público, por isso é importante se organizar previamente.
San Marco, San Polo, Cannaregio, Castello, Dorsoduro e Santa Croce são os seis principais sestieri que compõem a cidade de Veneza, e cada um tem características únicas e encantadoras!
Luxo: Se dinheiro não é problema, dê uma olhada no Gritti Palace. Este hotel tem uma localização privilegiada, no coração de San Marco, e ocupa um antigo palácio. Todos os quartos são luxuosos e decorados com móveis de época e cristais de Murano, com vistas para o Grande Canal.
Upscale: O Hotel American-Denisen tem quartos luxuosamente decorados e alguns têm uma pequena varanda com vista para o Canal São Vio, no distrito de Dorsoduro, a apenas 250m da Academia de Belas Artes e da Colecção Peggy Guggenheim. Se você estiver viajando em família, o quarto quádruplo pode acomodar até cinco pessoas.
Intermediário: Hotel Olimpia Venezia está localizado em Santa Croce, portanto, não é no coração de Veneza, mas tem suas vantagens. Em apenas alguns minutos, você pode caminhar até a estação de trem, a rodoviária e os estacionamentos, o que torna muito fácil entrar e sair de Veneza. Os quartos são decorados com móveis venezianos do século XVIII e tem vistas para um canal.
Baixo orçamento em Veneza: O Combo Venezia é um albergue localizado em Cannaregio, a 10 minutos da Ponte Rialto e ocupa um mosteiro reformado do século XII.
Baixo orçamento fora de Veneza: A Villa Antica Graziela é um hotel econômico localizado em Marghera, na parte continental de Veneza. Para chegar ali, é preciso pegar um ônibus, que levar de 10 a 30 minutos, dependendo do trânsito. Os quartos contam com banheiro privativo, ar-condicionado e WiFi gratuito.
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