MASP, o incrível Museu de Arte de São Paulo

Se engana quem acha que só na Europa é possível encontrar museus com obras de mestres como Rafael, Rembrandt, Velázquez, Van Gogh e Picasso.

Isso porque o Museu de Arte de São Paulo, o popular MASP, guarda a coleção de arte mais importante e abrangente da América Latina e do hemisfério sul, com um gigantesco acervo de obras renascentistas, impressionistas e modernistas, incluindo também grandes nomes da arte brasileira, como Candido Portinari, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral.

Uma das exposições do museu

E abaixo veremos um pouco mais da história e do acervo dessa instituição tão icônica para o nosso país, para você já programar o seu passeio por lá.😍


  • Como o museu foi fundado?

O Museu de Arte de São Paulo foi oficialmente inaugurado em 2 de outubro de 1947, com a presença do governador do estado, Ademar de Barros e do ministro da educação, Clemente Mariani, além de outras personalidades do mundo artístico e político.

O museu foi fundado por Assis Chateaubriand, empresário, jornalista e colecionador de arte. Chateaubriand era uma das personalidades mais ricas e influentes do país na época e viu a necessidade de criar uma instituição que promovesse a arte e a cultura no Brasil, a tornando acessível ao público em geral.

Guerrilla Girls, 2017.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a Europa em reconstrução, muitas coleções de arte foram postas à venda e Chateaubriand aproveitou desse momento favorável para adquirir obras de renome internacional.

Uma das obras mais populares do acervo: Jean-Auguste Dominique Ingres – “Cristo abençoador”, 1834.

Além disso, convidou especialistas para ajudar em sua empreitada, incluindo o galerista, colecionador, jornalista e crítico de arte italiano Pietro Maria Bardi.

Bardi, que a princípio teria apenas uma atuação esporádica, dedicou todo o restante de sua vida ao MASP, sendo seu diretor por mais de 40 anos. Sua mulher, a arquiteta Lina Bo Bardi, também se destacou pelas contribuições nos espaços onde o museu funcionou, incluindo o projeto da atual sede.

O MASP e toda a sua imponência durante a noite

Quando inaugurado, o museu ocupava alguns andares de um histórico edifício no Centro de São Paulo. E apesar de pequeno, o acervo inicial já contava com obras como “Busto de atleta”, de Pablo Picasso e o “Retrato de jovem com corrente de ouro”, de Rembrandt.

Rembrandt – “Retrato de jovem com corrente de ouro”, 1635 (uma das primeiras obras do acervo).

Atualmente, o nome oficial do MASP é Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, em homenagem ao seu fundador.


  • O icônico prédio de Lina Bo Bardi

E a experiência de se visitar o MASP começa pelo seu prédio, um dos mais icônicos edifícios modernistas do país.

E tudo começou no final de 1950, quando a Prefeitura de São Paulo iniciou a busca por uma nova sede que comportasse o crescente acervo e as atividades pedagógicas do museu.

Naquele período, foi cogitado levar parte do acervo para a nova sede da FAAP-Fundação Armando Álvares Penteado, que estava em construção em Higienópolis, o que não foi levado em frente.

Porém, um terreno localizado na Avenida Paulista, no antigo Belvedere Trianon, acabou se destacando e foi o local escolhido. Esse terreno foi doado à Prefeitura pelo engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, que solicitou que a vista panorâmica sobre a Avenida 9 de Julho fosse mantida.

Avenida Paulista com o icônico MASP à esquerda

Assim, a solução para preservar a vista seria uma edificação subterrânea ou uma suspensa, mas a arquiteta Lina Bo Bardi e o engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz viram a oportunidade de manter as duas alternativas, concebendo um bloco subterrâneo e um elevado, suspenso a oito metros do piso, através de quatro pilares interligados por duas gigantescas vigas de concreto.

Projetado em 1958, a nova sede do Masp só foi inaugurada em 8 de novembro de 1968, com a presença do príncipe Filipe e da rainha Elizabeth II da Inglaterra, que fez o discurso de inauguração.

Com aproximadamente 10 mil metros quadrados, o edifício se tornou o maior vão-livre do mundo à época, com extensão total de 74 metros entre os apoios, e além dos espaços expositivos e da pinacoteca, abriga um centro de pesquisa, dois auditórios, restaurante, café, loja, espaços administrativos e reserva técnica, todos ligados por uma ampla escadaria e dois elevadores (que foram incluídos depois).

Vão Livre do MASP, local que aos domingos abriga a tradicional Feira de Antiguidades do MASP
Escadaria de acesso ao museu

Sobre a concepção do prédio, Lina Bo Bardi diz: “Não procurei a beleza. Procurei a liberdade.”

Já em seu interior, Bo Bardi inovou ao utilizar placas de cristal temperado sustentadas por um bloco de concreto aparente como base para as pinturas, trazendo no verso dos quadros pranchas com informações sobre o pintor e a obra. Essa seria uma forma de “imitar a posição do quadro no cavalete do artista em seu ateliê”.

Além disso, as informações no verso foi pensado para que o visitante se conectasse primeiro com a obra, independente do nome do artista e sua história.

Placas de cristal

Placas de cristal

Retiradas por quase duas décadas, essas bases de cristal retornaram revisadas em 2015 na exposição do 2° andar, onde permanecem até hoje.

E em 2003, o edifício foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.


  • O museu hoje

Com o passar dos anos, o acervo e a atuação do MASP foi crescendo e se consolidando.

Hoje, além de sua coleção permanente, o MASP é conhecido por sua programação cultural diversificada, realizando exposições temporárias de arte contemporânea e histórica, palestras, cursos, oficinas e atividades educacionais para o público de todos os públicos.

Flávio Cerqueira – “Amnésia”, 2015, uma das obras mais impactantes e reflexivas do acervo.

  • Como chegar ao MASP?

Endereço

Avenida Paulista, 1578, Bela Vista – São Paulo/SP.

De Metrô

A estação mais próxima do museu é a Trianon-MASP, da Linha 2 verde do Metrô. Porém, se você não se importar em caminhar, as estações Brigadeiro e Consolação também podem ser usadas – a passagem custa R$ 4,40.

De Ônibus

Várias linhas de ônibus passam pela Avenida Paulista e há pontos de ônibus nas redondezas do museu. As linham que atendem são: 106A-10, 6200-10, 669A-10, 715M-10, 775P-10, 857R-10 e 875H-10.

De Carro

Não há estacionamento próprio no museu, mas há vários estacionamentos privados na região (você também pode deixar na rua, mas encontrar uma vaga livre pode ser bem desafiador hehe).

O estacionamento Car Park tem convênio com o MASP e o ticket do estacionamento deve ser carimbado na bilheteria do museu.

Endereço Car Park: Alameda Casa Branca, n°14.
R$18 até 12 horas.
Horário: segunda à sexta: 7h às 23h. Sábado, domingo e feriado: das 8h às 20h.

De bicicleta

O Masp tem bicicletário gratuito.


  • Horário de funcionamento

Terça-feira: das 10h às 20h.
(entrada até às 19h)
Quarta a domingo: das 10h às 18h.
(entrada até às 17h)
Segunda-feira: Fechado.

Com exceção das segundas-feiras, o MASP abre normalmente em dias de feriado, exceto nos dias 24/12, 25/12, 31/12 e 1/1.


  • Quanto custa?

Adulto: R$60
Meia entrada p/ estudantes e professores: R$30
Maiores de 60 anos: R$30
Menores de 11 anos: gratuito (comprovar com identidade)
Amigos MASP: gratuito (comprovar com carteirinha)

❗ENTRADA GRATUITA: todas às terças-feiras e toda primeira quinta-feira de cada mês.

Também há datas esporádicas ao longo do ano com entrada gratuita, por isso é importante acompanhar a programação.

Para ingressos gratuitos, é necessário reservá-los online pelo site oficial, selecionando o horário que mais lhe agrada.

Para ingresso comum, pode-se comprar online (site acima) ou na bilheteria física, que se localiza no Vão Livre (mas é cobrada uma taxa de conveniência).

Ao reservar o ingresso online gratuito, basta salvá-lo digitalmente em seu celular ou imprimi-lo e apresentar na entrada do museu, no Vão Livre – filas são formadas por horário e o acesso é liberado pontualmente.

Vão Livre, onde se localiza a bilheteria, o guarda-volumes e o acesso principal.

  • O acervo permanente do MASP

Atualmente, mais de 8 mil peças formam o rico acervo permanente do MASP, que pode ser dividido em 8 grandes coleções. Além disso, o museu recebe inúmeras exposições temporárias, com as mais diversas temáticas.

Importante ressaltar que apesar do grande acervo, poucos itens ficam expostos, devido a falta de espaço. 😕 Por isso, o chamado “acervo em transformação”, que é a exposição de longa duração do MASP e que está ativo desde 2015, tem o objetivo de ir alternando esse acervo. Assim, sempre que você visitar o MASP de tempos em tempos, haverão novas obras para serem apreciadas.


  • Arte italiana

Essa coleção inclui obras que vão de manifestações artísticas da Idade Média até meados do século XX, com destaque para as inúmeras peças com temáticas sacras.

Destaque para o Mestre de San Martino alla Palma, Paolo Serafini da Modena, Ottaviano Nelli, Mestre de 1416, além de grandes nomes da Renascença, como Andrea Mantegna, Biagio d´Antonio, Giovanni Bellini, Jacopo del Sellaio, Niccolò di Liberatore, Sandro Botticelli, Agostino di Duccio, Pietro Perugino e Rafael, um dos principais destaques da coleção.

Rafael Sanzio – “A Ressurreição de Cristo”, 1499-1502.
Pietro Perugino – “São Sebastião na coluna”, 1500-1510.
Andrea Mantegna – “São Jerônimo penitente no deserto”, 1448-1451.
Sandro Botticelli – “Virgem com o Menino e São João Batista Criança”, 1490-1500.
Giovanni Bellini – “A Virgem com o Menino de pé abraçando a Mãe”, 1480-1490.

Obras representativas de Paris Bordone, Ticiano, Tintoretto, Alessandro Allori, Girolamo Santacroce, Jacopo Bassano, Jacopo Palma e Modigliani completam o acervo.

Direita: Maestro del Bigallo – “Virgem em majestade com o Menino e dois anjos”, 1275. Esquerda: Maestro di San Martino – “Virgem com o Menino Jesus”, 1310-1320.
Tintoretto – “Lamentação sobre o Cristo morto”, 1560-1565.
Agostino Brunias – “Índios atravessando um riacho”, sem data.
Amedeo Modigliani – “Madame G. van Muyden”, 1917.
Esquerda: Amedeo Modigliani – “Renée”, 1917.
Meio: Amedeo Modigliani – “Retrato de Leopold Zborowski”, 1916.
Direita: Amedeo Modigliani – “Retrato de Madame Hanka Zborowska”, 1918.
Esquerda: Amedeo Modigliani – “Chakoska”, 1917. Direita: Amedeo Modigliani – “Retrato de Diego Rivera”, 1916.

Entre as esculturas italianas, destaque para a grandiosa Diana de Mazzuoli.

Giuseppe Mazzuoli – “Diana adormecida”, 1690-1700.

  • Arte francesa e Escola de Paris

Essa é a mais numerosa coleção do MASP, incluindo obras do período gótico ao contemporâneo, mas com destaque para os séculos XVIII e XIX, incluindo grandes nomes do Impressionismo e Pós-Impressionismo.

Ingres, Eugène Delacroix, Corot, Daumier, Courbet, Antoine Vollon, Ziem, Defaux, Édouard Detaille, Boyé, Chabas, Édouard Manet, Edgar Degas, Paul Cézanne, Claude Monet, Renoir, Gauguin, Van Gogh, Toulouse-Lautrec, Bonnard, Henri Martin, Suzanne Valadon e Édouard Vuillard são alguns dos artistas aqui expostos.

Minha obra preferida do acervo: Pierre-Auguste Renoir – “Rosa e azul – As meninas Cahen d’Anves”, 1881.
Vincent van Gogh – “O escolar”, 1888.
Vincent van Gogh – “Passeio ao crepúsculo”, 1889-1890.
Vincent van Gogh – “A arlesiana”, 1890.
Vincent van Gogh – “Banco de pedra no asilo de Saint-Remy”, 1889.
Pablo Picasso – “Retrato de Suzane Bloch”, 1904.
Pablo Picasso – “Busto de homem (o atleta)”, 1909.
Pablo Picasso – “Toalete (Fernande)”, 1906.
Edgar Degas – “Quatro bailarinas em cena”, 1885-1890.
Henri Matisse – “O torso de gesso”, 1919.
Henri Matisse – “Paisagem da Bretanha (Village Breton Belle-Île)”, 1897-1898.
Claude Monet – “A canoa sobre o Epte”, 1890.
Claude Monet – “A ponte japonesa sobre a lagoa das ninfeias em Giverny”, 1920-1924.
Jean-Auguste Dominique Ingres – “A Virgem do véu azul”, 1827.
Jean-Auguste Dominique Ingres – “Angélica acorrentada”, 1859.
Pierre-Auguste Renoir – “Menina com as espigas”, 1888.
Pierre-Auguste Renoir – “Retrato de Marthe Bérard”, 1879.
Pierre-Auguste Renoir – “A banhista e o cão griffon – Lise à beira do Sena”, 1870.
Pierre-Auguste Renoir – “Retrato da condessa de Pourtalès”, 1877.
Pierre-Auguste Renoir – “Dama sorrindo (retrato de Alphonsine Fournaise)”, 1875.
Eugène Delacroix – “A primavera – Eurídice colhendo flores é mordida por uma cobra (a morte de Eurídice) – as quatro estações de Hartmann”, 1856-1863.
Eugène Delacroix – “O verão – Diana surpreendida por Acteão”, 1856-1863.
Eugène Delacroix – “O outono – Baco e Ariadne”, 1856-1863.
Eugène Delacroix – “O inverno – Juno implora a Eolo a destruição da frota de Eneas – as quatro estações de Hartmann”, 1856-1863.
Paul Cézanne – “Madame Cézanne em vermelho”, 1888-1890.
Paul Cézanne – “Cipião”, 1866-1868.
Paul Cézanne – “Rochedos em L’Estaque”, 1882-1885.
Paul Cézanne – “O grande pinheiro”, 1890-1896.
Paul Cézanne – “Paul Alexis lê um manuscrito a Zola”, 1869-1870.
Esquerda: André Lhote – “Composição – Interior com figuras femininas”, 1936. Direita: Marie Laurencin – “Guitarrista e duas figuras femininas”, 1934.
Henri de Toulouse-Lautrec – “Retrato de Octave Raquin”, 1901.
Henri de Toulouse-Lautrec – A condessa Adèle de Toulouse-Lautrec, 1880-1882.
Henri de Toulouse-Lautrec – “Paul Viaud em almirante do século XVIII (o almirante Viaud)”, 1901.
Direita: Eliseu Visconti – “A convalescente”, 1896. Esquerda: Jean-Baptiste Camille Corot – “Rosas num copo”, 1874.
Jean-Baptiste-Siméon Chardin – “Retrato de Auguste Gabriel Godefroy”, 1741.
Paul Gauguin – “Autorretrato (perto do Gólgota)”, 1896.
Antoine Vestier – “Retrato de uma dama com livro junto a uma fonte”, 1785.
Édouard Manet – “Banhistas no Sena – Academia”, 1874-1876.
Édouard Manet – “A amazona – Retrato de Marie Lefébure”, 1870-1875.
Édouard Manet – “O senhor Eugène Pertuiset, caçador de leões”, 1881.
Chaïm Soutine – A grande árvore, 1942. Paris
Jean-Baptiste-Joseph Pater – “Reunião num parque”, 1719-1720.
Jean-Baptiste Camille Corot – “Paisagem com camponesa”, 1861.
Fernand Léger – “A compoteira de peras”, 1923.

Entre as esculturas francesas, destaque para o raro conjunto de 73 bronzes de Edgar Degas e os bronzes feitos por Auguste Rodin e Renoir.

Edgar Degas – “Bailarina de catorze anos”, 1880.
Edgar Degas – “A colheita de maçãs”, 1890.
Pierre-Auguste Renoir – “Vênus Vitoriosa”, 1916.

  • Arte ibérica

Os oito séculos de arte ibérica representados no MASP inclui peças como o retábulo “O Juízo Final”, do Mestre da Família Artés, único representante do renascimento ibérico na coleção; duas obras de El Greco, “Anunciação” e “São Francisco”; obras de Francisco de Zurbarán, Juan Carreño de Miranda, Murillo e Velázquez.

Também se destaca os quatro retratos de importantes figuras eclesiásticas e aristocratas da corte espanhola feitos por Goya e “O Costume do Ano 2045” de Salvador Dalí, uma das principais obras modernistas da coleção.

Goya – “Retrato do cardeal don Luis Maria de Borbon y Vallabriga”, 1798-1800.
Goya – “Retrato da condessa de Casa Flores”, 1790-1797.
Goya – “Retrato de don Juan Antonio Llorente”, 1809-181.
Goya – “Retrato de Fernando VII”, 1808.
Leonor de Almeida Portugal – “Autorretrato Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre”, 1787-1790.

  • Arte flamenga, holandesa e alemã

Apesar de pequena, essa coleção é riquissima, já que inclui obras famosas do maneirismo em Flandres e na Holanda. Destaque para os artistas Hans Memling, Frans Hals, Hieronymus Bosch, Jan van Dornicke, Hans Holbein, Rubens, Rembrandt, Van Dyck e Salomon van Ruysdael.

Hieronymus Bosch – “As tentações de Santo Antão”, 1500.
Frans Hals – “O capitão Andries van Hoorn”, 1638.
Frans Hals – “Maria Pietersdochter Olycan”, 1638.
Frans Hals – “Oficial sentado”, 1631.
Franz Ackermann – “Postes de bandeira vaziosEU”, 2016.

Também há cinco paisagens de Frans Post que retratam o Estado de Pernambuco.

Frans Post – Da esquerda para a direita: “Paisagem em Pernambuco com casa-grande”, 1665. “Cachoeira de Paulo Afonso”, 1649. “Paisagem pernambucana com rio”, 1668.

  • Arte inglesa e do norte da Europa

Com foco no chamado Século de Ouro da pintura inglesa, essa coleção inclui obras de Joshua Reynolds, William Hogarth, Thomas Gainsborough, George Romney, Henry Raeburn, Thomas Lawrence e William Turner.

Thomas Lawrence – “Os filhos de sir Samuel Fludyer”, 1806.

  • Arte brasileira

Apesar de não ter uma coleção de arte brasileira tão abrangente quanto a Pinacoteca do Estado, no acervo do MASP podemos apreciar alguns dos principais artistas de nossa história.

No período oitocentista, destacam-se Facchinetti, Victor Meirelles, Pedro Américo, Almeida Júnior, João Batista Castagneto, Benedito Calixto, Pedro Weingärtner, Rodolfo Amoedo, Henrique Bernardelli, Belmiro de Almeida, Alfred Andersen, Pedro Alexandrino, Antônio Parreiras, João Batista da Costa, Eliseu Visconti, Oscar Pereira da Silva e Artur Timóteo da Costa.

Henrique Bernardelli – “Interior com a menina que lê”, 1876-1886.
Victor Meirelles – “Moema”, 1866.

Do período modernista, destacam-se Ernesto De Fiori, Vicente do Rego Monteiro, John Graz, Lasar Segall, Oswaldo Goeldi, Guignard, Anita Malfatti, Alfredo Volpi, Victor Brecheret, Bruno Giorgi, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Djanira da Motta e Silva, José Pancetti, Tomie Ohtake, Arcângelo Ianelli, Manabu Mabee, Tarsila do Amaral e Cândido Portinari.

Tarsila do Amaral – “Composição”, 1930.
Tarsila do Amaral – “Autorretrato com vestido laranja”, 1921.
Tarsila do Amaral – “Porto I”, 1953.
Anita Malfatti – “A estudante”, 1915-1916.
Anita Malfatti – “A estudante”, 1915-1916. Anita Malfatti – “Interior de Mônaco”, 1925.
Almeida Júnior – “Moça com livro”, sem data.
Almeida Junior – “O ateliê do artista”, 1886.
Roberto Burle Marx – Sem título, década de 1930.
Emiliano Di Cavalcanti – “As moças de Guaratinguetá”, 1930.
Emiliano Di Cavalcanti – “Pescadores”, 1944.
Emiliano Di Cavalcanti – “Mulata”, 1947. Emiliano Di Cavalcanti – “Mulata em fundo verde”, 1963.
Lasar Segall – “Interior de indigentes”, 1920.
Alfredo Volpi – “Fachada com bandeiras”, 1959.
Cândido Portinari – “Retirantes”, 1944.
Cândido Portinari – “Criança morta”, 1944.
Djanira da Motta e Silva – “Vendedora de flores”, 1947.
Belmiro de Almeida – “Dois meninos jogando bilboquê”, Sem data.
Vicente do Rego Monteiro – “Menino nu e tartaruga”, 1923.
Lucy Citti Ferreira – “Autorretrato”, 1937.
Esquerda: Alberto da Veiga Guignard – “Figura de menino com camisa branca listrada”, 1962. Meio: Alberto da Veiga Guignard – “Vaso com flores”, 1950. Direita: Alberto da Veiga Guignard – “Jarro de flores”, 1958.
Esquerda: Noemia Mourão – “Moças do Boulevard Raspail”, 1939. Direita: Moussia Pinto Alves – “Autorretrato”, 1960.
Esquerda: Ismael Nery – “Perfil e alma”, Sem data. Direita: Ismael Nery – “Desejo de amor”, 1932.
Esquerda: José Pancetti – “Farol da Barra” – Musa da Paz, 1950. Direita: José Pancetti – “Autorretrato com marreta”, 1941.
Esquerda: José Pancetti – “Marinha”, Décadas de 1940 e 1950. Direita: José Pancetti – “Itapuã, Salvador, BA”, 1953.
E. F. Schute – “Cachoeira de Paulo Afonso”, 1850.
Esquerda: João Baptista da Costa – “Igrejinha no morro”, Sem data. Direita: Nicola Antonio Facchinetti – “Recanto da Praia de Icaraí”, 1888.
Esquerda: Édouard Vuillard – “O vestido estampado”, 1891. Meio: Georgina de Albuquerque – “Mulher pensando”, Sem data. Direita: Artur Timóteo da Costa – “A dama de verde”, 1908.
Giovanni Battista Castagneto – “Uma salva em dia de grande gala na Baía do Rio de Janeiro”, 1887.
Sofia Borges – “A pequena dançarina #11”, da série Ensaio para uma Escultura, 2020.
Sofia Borges – “A pequena dançarina #12”, da série Ensaio para uma Escultura, 2020.
Flávio de Carvalho – “Nu feminino deitado”, 1932.
Denilson Baniwa – “Natureza morta 1”, 2016.

Entre as esculturas brasileiras, destaque para obras modernistas e contemporâneas:

Maria Martins – “Todavia!”, 1947.
Ascânio MMM – “Escultura 20”, 1978.

  • Arte das Américas

Esta coleção inclui artefatos pré-colombianos, com destaque para “Busto Feminino” (c. 500), da Cultura Chone (Equador) e uma “Cabeça de Animal”, produzida em Honduras entre 700 e 1100.

Também há uma rica coleção modernista latino-americana, com obras do uruguaio Joaquim Torres-García, dos muralistas mexicanos Diego Rivera e David Alfaro Siqueiros, da contemporânea Mari Carmen Hernandéz e dos norte-americanos Andy Warhol, Charles E. Burchfield, Gilbert Stuart e Alexander Calder.

Esquerda: Joaquín Torres-García – Igreja em Terrassa, 1914-1919. Direita: Emmanuel Zamor – “Barcas à margem do rio”, 1884.

  • Arte africana

Peças cotidianas e de rituais vindos de diversos países africanos como Mali, Serra Leoa, Guiné, Alto Volta, Libéria, Costa do Marfim, Nigéria (nação Ioruba), Camarões, Gabão e Zaire formam essa parte do acervo.


  • Arte asiática

Há obras desde o século III a.C. até o XX, incluindo peças feitas em terracota da dinastia Hã (206 a.C.–220 d.C.) e da dinastia Tangue (618–907).


  • Fotografias

Sebastião Salgado, Pierre Verger, Araquém Alcântara, Nair Benedicto, Adenor Gondim, Guy Veloso, Flavya Mutran, Juca Martins, Klaus Mitteldorf e Arthur Omar são alguns dos fotográfos com obras expostas no museu.


  • Moda e vestuário

Por iniciativa de Pietro Maria Bardi, existe no museu uma coleção de 140 vestidos apresentados nos desfiles da Rhodia entre 1960 e 1970. Vários estilistas renomados participaram do projeto, no qual foram utilizados tecidos com com temática nacional e contemporânea.


  • Arqueologia

Boa parte do acervo de antiguidades egípcias, gregas, itálicas, italiotas e romanas do MASP vem da Doação Lina Bo e Pietro Maria Bardi, feita ao museu em 1976. Os destaque vão para a estatueta de bronze do período ptolomaico (332–31 a.C.) chamada “Ísis Lactante com Hórus”, a Estátua da Deusa Higeia (século IV a.C.) e o Sarcófago (140-200).

Marajoara – “urna funerária”, 400-1400.

  • Outras instalações do MASP

O 1° andar e os dois subsolos do museu são destinados a exposições temporárias e a realização de eventos, cursos, atendimento a grupos, ateliês e atividades para crianças, além de abrigar outras instalações da instituição:

Café e restaurante

O restaurante do MASP é o A Baianeira, considerado um dos melhores da cidade. Especializado em comida regional, é comandado pela chef Manuelle Ferraz. A Baianeira também administra o café do museu – para acessar o restaurante, não é necessário pagar o ingresso.

Loja do MASP – 1º subsolo

Oferece uma grande variedade de produtos a venda, como livros de arte, variedades e educativos, catálogos do acervo, itens de papelaria, souvenirs, artesanatos, entre muitos outros itens.

Eu particularmente amei os cartões-postais (baratinhos e super realistas – a partir de R$3,50) e os imãs de geladeira de algumas obras do acervo (R$25).

Auditório MASP – 1º subsolo

Amplo espaço com capacidade para 374 pessoas.

Centro de Pesquisa – 2º subsolo

Criado em 1977 como uma biblioteca, a partir de uma doação de livros de Pietro e Lina Bardi, desde 2017 é chamado de Centro de Pesquisa do MASP. Conta com uma coleção de mais de 70 mil volumes entre livros, livros raros, catálogos de exposições, periódicos, teses e boletins de museu, sendo um dos mais importantes centros de estudo do gênero no Brasil.

Masp em expansão

E nos próximos anos, o MASP trará muitas novidades aos seus visitantes, como o novo anexo que está sendo construído em um prédio ao lado e que estará conectado por passagens subterrâneas. Dos 14 andares do prédio, mais da metade será destinado a visitação, com espaços para exposições, restaurantes, salas de aula e muitos mais.

Você pode acompanhar as novidades do MASP em expansão aqui.

Visão geral do subsolo

E é isso, pessoal. O MASP é maravilhoso e o Brasil tem muito que se orgulhar de ter um museu tão rico quanto esse. 😍


  • Quando ir à Sampa

A cidade de São Paulo é um destino turístico popular durante todo o ano. No entanto, dependendo das suas preferências e objetivos de viagem, algumas épocas podem ser mais adequadas do que outras.

De forma geral, a cidade apresenta variações climáticas consideráveis ao longo do ano, com períodos mais secos e quentes e outros mais úmidos e frios.

Entre maio e setembro, durante o inverno e início da primavera, as temperaturas em Sampa são mais amenas, variando entre 12°C e 23°C, e a probabilidade de chuva é menor.

Já se você não se importa com o frio e quer aproveitar ao máximo as atividades culturais e eventos da cidade, a melhor época para visitar São Paulo é entre junho e agosto. Apesar de ser o período mais frio do ano, com temperaturas médias em torno de 15°C, é quando acontecem alguns dos maiores festivais da cidade, como a Festa Junina, a Parada do Orgulho LGBTQIAP+ e o Festival Internacional de Teatro.

Já se você está em busca de agitação e animação, a melhor época para visitar São Paulo é durante o Carnaval, que acontece em fevereiro ou março, dependendo do ano. Nesse período, a cidade é tomada por blocos de rua, desfiles de escolas de samba e muitas festas.

Dia de sol em São Paulo

  • Onde se hospedar em São Paulo

A rede hoteleira de Sampa é bastante diversificada, com opções que vão desde hotéis econômicos até hotéis de luxo 5 estrelas, justamente por ser o centro financeiro e comercial do Brasil e ter uma rica oferta cultural e turística, o que atrai muitos viajantes a negócios e a lazer.

Abaixo deixo algumas indicações bacanas para vocês e que são de fácil acesso às marginais:

Sheraton São Paulo WTC Hotel: hotel 5 estrelas localizado na região da Berrini e a diversas empresas e comodidades. Os quartos são espaçosos e confortáveis, com decoração moderna. O hotel conta com piscina, academia, spa e restaurante.

Hilton São Paulo Morumbi: outro hotel 5 estrelas localizado próximo à Marginal Pinheiros, com vista para a Ponte Estaiada. Os quartos são amplos e confortáveis, com decoração elegante. O hotel oferece piscina, academia, spa e restaurante.

Pullman São Paulo Vila Olímpia: hotel 4 estrelas localizado na região da Vila Olímpia e com quartos modernos e confortáveis e decoração contemporânea. O hotel oferece piscina, academia, spa e restaurante.

Mercure São Paulo Nações Unidas: hotel 3 estrelas localizado na região da Chácara Santo Antônio, próximo à Marginal Pinheiros e ao Transamérica Expo Center. Os quartos são simples, mas confortáveis. O hotel oferece academia, restaurante e estacionamento.

Ibis Styles São Paulo Faria Lima: hotel 3 estrelas localizado na região da Faria Lima e a diversas empresas. Os quartos são modernos e aconchegantes, com decoração colorida. O hotel oferece café da manhã, academia e estacionamento.

Ibis São Paulo Morumbi: hotel 3 estrelas localizado na região do Morumbi e a diversos shoppings. Os quartos são simples, mas confortáveis, oferecendo café da manhã, restaurante e estacionamento.

Travel Inn Live & Lodge Ibirapuera: hotel 3 estrelas localizado próximo ao Parque do Ibirapuera, na região da Vila Clementino. O hotel oferece piscina, academia e estacionamento.

Lembre-se de verificar a disponibilidade, preços e outras informações relevantes diretamente com as acomodações.


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