Aberto ao público em 1825, o Parque Jardim da Luz é o mais antigo da cidade de São Paulo e um dos primeiros do Brasil, sendo um local de grande importância histórica e cultural para a capital paulista, representando não apenas um espaço verde, mas também um ponto de encontro social e de manifestações artísticas.
Vamos conhecer mais sobre esse espaço tão marcante de São Paulo?! 😍
-
História
Quando aberto ao público em 1825, o Jardim da Luz era um Jardim Botânico, sendo o único ponto de lazer da cidade na época.
Porém, o projeto para a construção de um parque na região datava desde 1798, quando uma ordem régia determinou a criação de 3 viveiros de plantas em diferentes cidades: Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, projeto esse que demorou muitos anos para sair do papel.
Curiosamente, por ter apenas espécies de plantas comuns, o espaço foi ano a ano desde sua inauguração perdendo sua função de Jardim Botânico, até que em 1838 passou a ser o Jardim Público de São Paulo.
Em fevereiro de 1846, o jardim recebeu a visita do Imperador Dom Pedro II e em 1852, ganhou grades de ferro ao seu redor, assim como um novo paisagismo com flores e plantas vindas do Rio de Janeiro.
Em 1860, parte do então Jardim Público foi entregue a São Paulo Railway pelo Governo de São Paulo para a construção de uma estação ferroviária, a atual Estação da Luz, que causou a destruição de muitos de seus jardins.

Anos depois, outras partes do parque foram cedidos para a construção do Colégio Prudente de Morais e do Liceu de Artes e Ofícios, que hoje abriga a Pinacoteca do Estado, um dos mais importantes museus do país.
-
Auge e queda do parque
No início do século XX, o já chamado Jardim da Luz, se tornou um dos pontos mais visitados da cidade e ganhou vários projetos paisagísticos, virando o lugar preferido da elite paulistana até começar a cair em decadência, junto com toda a região do bairro da Luz.
Degradado e sem investimentos, o parque se tornou ponto de prostituição e consumo de drogas.
Em 1999, após uma intensa revitalização puxada pelo Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo, um novo espaço com 113 mil metros quadrados foi entregue, já com o nome de Parque Jardim da Luz, cujo aspecto permanece até os dias de hoje.
-
O Jardim da Luz é seguro?
Essa pergunta é comum entre os visitantes, já que infelizmente a área ao redor do Jardim da Luz é uma das mais degradadas da região central de São Paulo, principalmente pela proximidade com a chamada Cracolândia.
Mesmo assim, considero segura uma visita ao Jardim da Luz. Isso porque o parque é cercado e há policiamento nas entradas e também em seu interior, o que, de certa forma, inibem a ação de pessoas má intencionadas.
Eu visitei o jardim em um sábado pela manhã e havia grande movimentação de turistas no espaço, principalmente vindos da Pinacoteca e do Museu da Língua Portuguesa.
Mas claro, como em qualquer área urbana, é importante estar atento aos seus pertences pessoais, como bolsas, carteiras e dispositivos eletrônicos. Mantenha-os sempre sob supervisão e evite exibi-los desnecessariamente.

-
O que visitar no Jardim da Luz?
-
A fauna e flora
Nos vários jardins do parque é possível encontrar inúmeras espécies de árvores como o alecrim-de-campinas, o andá-açu, o chichá, a corticeira, o jenipapo e a magnólia-branca.
Também há mais de 60 espécies de pássaros e animais catalogados, como o cágado-pescoço-de-cobra e peixes como carpas, tilápias e acares.
-
Esculturas
O Jardim da Luz é um verdadeiro museu a céu aberto, abrigando inúmeras esculturas e monumentos de artistas nacionais e internacionais como Victor Brecheret, Lasar Segall, Amílcar de Castro e León Ferrari.

São elas:
Maria Martins – Searching for Light (À procura da luz), 1940;
Sonia Ebling – Luiza, 2000;
Lasar Segall – Três Jovens, 1939;
Victor Brecheret – La porteuse de parfum (A carregadora de perfume), 1923/1924;
Angelo Venosa – Sem título, 2000;
Ivens Machado – Sem título, 2000;
Caíto – Sem título, 1998;
Marcelo Silveira – Sem título, 2002;
Lygia Reinach – Colar, 2000;
Nuno Ramos – Craca, 1995;
Vlavianos – Homem pássaro, 1985;
Amilcar de Castro – Sem título,2000;
Yutaka Toyota – Espaço vibração (Homenagem a Bardi), 2000;
Franz Weissman – Fita, 1985;
Liuba Wolf – Voo de pássaro, 1971;
Arcangelo Ianelli – Encontro e desencontro, 2002;
Sonia Von Brüsky – Fóssil, 2000;
Marcello Nitsche – Pincelada tridimensional, 2000;
Odette Haidar Eid – Botão de rosa, carneiro, cisne, flor redonda, papoula, pássaro ima ginário e tulipa, 1983/2002;
Károly Pilcher – Oração, 1970;
Ascânio MMM – Piramidal 34, 1999.



-
Herma de Giuseppe Garibaldi
Obra do escultor romano Emilio Gallori, esse grandioso busto em homenagem ao herói da Revolução Farroupilha foi inaugurado em 1910 com a presença do poeta Olavo Bilac. Considerado um dos mais antigos monumentos de São Paulo, ao seu redor era comum serem realizadas festas de famílias italianas.
-
Gruta
Construída em meados de 1880, a gruta também funciona como uma caixa d’água, com capacidade para 25 mil litros. Já no alto há um mirante com belas vistas do parque.
-
Casa do Administrador
Criada para ser moradia da família de Antonio Etzel, primeiro administrador do parque e nomeado pelo prefeito Antonio Prado, a atual Casa do Administrador, além de abrigar a administração do Jardim da Luz, abriga um espaço para exposições.
-
Coreto
Também construído em meados de 1880, o Coreto do Jardim da Luz foi palco para diversas apresentações de bandas musicais de colônias de imigrantes, bailes e peças teatrais.
-
Casinha Eslava do Jardim da Luz
Essa construção de arquitetura curiosa é conhecida como Casinha Eslava.
-
Chafariz dos Pratos
Bonito chafariz localizado próximo a entrada principal do parque.
-
Lago
Localizado no centro do Jardim da Luz, o lago em formato de cruz grega tem um chafariz e quatro esculturas nas suas laterais que representam as quatro estações do ano.
-
Pinacoteca do Estado
Uma visita ao Jardim da Luz merece ser casada com uma visita a Pina, outro marco paulistano.
Fundado em 1905, a Pinacoteca do Estado de São Paulo é o mais antigo museu de arte da cidade e abriga a mais importante coleção de arte brasileira, com mais de 10 mil peças em seu acervo.
Além do icônico prédio principal projetado por Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi para ser a sede do Liceu de Artes e Ofícios, a Pinacoteca também mantém a Pina Contemporânea, que fica localizada em um anexo no próprio Jardim da Luz, e a Pina Estação, localizado no antigo edifício do DOPS, a poucas quadras do jardim.
É possível visitar a Pinacoteca de São Paulo e seus três edifícios com um único ingresso.
O museu funciona de quarta a segunda, das 10h às 18h.
O valor do ingresso é R$ 30,00, sendo R$ 15 a meia-entrada para estudantes com carteirinha. Aos sábados a entrada é gratuita!
Referências
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_da_Luz
- https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/regiao_centrooeste/index.php?p=5757
- https://www.estadao.com.br/sao-paulo/livro-conta-a-historia-do-parque-mais-antigo-de-sp-imp-/
-
Se localize
Endereço: Praça da Luz, s/n – Luz, São Paulo.
Horário:
De terça à domingo, das 6h às 18h.
Segunda-feira, fechado.
-
Quando ir à Sampa
A cidade de São Paulo é um destino turístico popular durante todo o ano. No entanto, dependendo das suas preferências e objetivos de viagem, algumas épocas podem ser mais adequadas do que outras.
De forma geral, a cidade apresenta variações climáticas consideráveis ao longo do ano, com períodos mais secos e quentes e outros mais úmidos e frios.
Entre maio e setembro, durante o inverno e início da primavera, as temperaturas em Sampa são mais amenas, variando entre 12°C e 23°C, e a probabilidade de chuva é menor.
Já se você não se importa com o frio e quer aproveitar ao máximo as atividades culturais e eventos da cidade, a melhor época para visitar São Paulo é entre junho e agosto. Apesar de ser o período mais frio do ano, com temperaturas médias em torno de 15°C, é quando acontecem alguns dos maiores festivais da cidade, como a Festa Junina, a Parada do Orgulho LGBQIAP+ e o Festival Internacional de Teatro.
Já se você está em busca de agitação e animação, a melhor época para visitar São Paulo é durante o Carnaval, que acontece em fevereiro ou março, dependendo do ano. Nesse período, a cidade é tomada por blocos de rua, desfiles de escolas de samba e muitas festas.

-
Onde se hospedar em São Paulo
A rede hoteleira de Sampa é bastante diversificada, com opções que vão desde hotéis econômicos até hotéis de luxo 5 estrelas, justamente por ser o centro financeiro e comercial do Brasil e ter uma rica oferta cultural e turística, o que atrai muitos viajantes a negócios e a lazer.
Abaixo deixo algumas indicações bacanas para vocês e que são de fácil acesso às marginais:
– Sheraton São Paulo WTC Hotel: hotel 5 estrelas localizado na região da Berrini e a diversas empresas e comodidades. Os quartos são espaçosos e confortáveis, com decoração moderna. O hotel conta com piscina, academia, spa e restaurante.
– Hilton São Paulo Morumbi: outro hotel 5 estrelas localizado próximo à Marginal Pinheiros, com vista para a Ponte Estaiada. Os quartos são amplos e confortáveis, com decoração elegante. O hotel oferece piscina, academia, spa e restaurante.
– Pullman São Paulo Vila Olímpia: hotel 4 estrelas localizado na região da Vila Olímpia e com quartos modernos e confortáveis e decoração contemporânea. O hotel oferece piscina, academia, spa e restaurante.
– Mercure São Paulo Nações Unidas: hotel 3 estrelas localizado na região da Chácara Santo Antônio, próximo à Marginal Pinheiros e ao Transamérica Expo Center. Os quartos são simples, mas confortáveis. O hotel oferece academia, restaurante e estacionamento.
– Ibis Styles São Paulo Faria Lima: hotel 3 estrelas localizado na região da Faria Lima e a diversas empresas. Os quartos são modernos e aconchegantes, com decoração colorida. O hotel oferece café da manhã, academia e estacionamento.
– Ibis São Paulo Morumbi: hotel 3 estrelas localizado na região do Morumbi e a diversos shoppings. Os quartos são simples, mas confortáveis, oferecendo café da manhã, restaurante e estacionamento.
– Travel Inn Live & Lodge Ibirapuera: hotel 3 estrelas localizado próximo ao Parque do Ibirapuera, na região da Vila Clementino. O hotel oferece piscina, academia e estacionamento.
Lembre-se de verificar a disponibilidade, preços e outras informações relevantes diretamente com as acomodações.
-
Você também irá gostar
O que ver e fazer em Higienópolis, o tradicional bairro paulistano
Conheça a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Sabores paulistanos: Di Cunto, tradicional confeitaria na Mooca
O que ver e fazer na Liberdade, o bairro oriental de São Paulo
Paulista aos domingos: a avenida de tudo e de todos
Roteiro de um dia por Guararema
Dicas, fotos e roteiro de atrações na colorida São Luiz do Paraitinga