Sabe aquela cidade que parece perfeita para você? Pois é, Santiago é cosmopolita, movimentada, tem uma história rica e vibrante, é cheia de atrações naturais e culturais e tem moradores simpáticos e solícitos.
Bem, essas foram as impressões que tive nos 5 dias que fiquei na cidade. Claro que o olhar de turista é sempre diferenciado e não mostra a verdadeira realidade da cidade (que sim, tem muitos problemas como qualquer outra), mas Santiago está na lista das cidades mais fascinantes que já conheci!
Ao todo, passei 9 dias no Chile, sendo 5 deles em Santiago. Dentro desses 5 dias, reservei um dia para fazer bate volta até Valparaíso e Viña del Mar.
Como sou apaixonado por história e arquitetura, dei preferência no meu roteiro a lugares históricos, como igrejas e museus (reservei um dia todo só para conhecer o Centro Histórico da cidade). Mas também visitei vários parques, mirantes e vinícolas.
Santiago foi fundada por Pedro de Valdivia em 12 de fevereiro de 1541 com o nome de Santiago de Nueva Extremadura. Desde então, a cidade foi crescendo e se urbanizando até se tornar o maior centro financeiro, cultural e administrativo do Chile.
Com mais de 6 milhões de habitantes, é a 7° cidade latino-americana mais populosa e uma das três capitais com mais qualidade de vida da América Latina, juntamente com Buenos Aires e Montevidéu.
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Como se locomover na cidade
Santiago tem uma boa rede de transporte público e que atende todas as regiões da cidade. O sistema de metrô é um dos maiores e mais modernos da América Latina: são 118 estações (limpas e bem sinalizadas), 6 linhas (1, 2, 4, 4A, 5 e 6) e cerca de 120 quilômetros de extensão. Para turistas é a melhor opção de transporte.
❗ é preciso comprar um cartão chamado BIP! para circular pelo metrô.
A cidade também conta com uma grande malha de ônibus e táxis, além de transporte ferroviário. As principais avenidas e rodovias são asfaltadas e bem sinalizadas, mas apesar de serem linhas expressas, tem transito intenso e os congestionamentos são constantes (problemas de uma grande cidade, não é mesmo?!
Para circular pela região central, evite ir de carro – o melhor é circular a pé, a fim de evitar o stress do trânsito, sem falar que achar uma vaga disponível é tarefa difícil.
Meu Roteiro
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Dia 1: Sky Costanera (chegando em Santiago)
Cheguei em Santiago por volta das 12h30 vindo de um voo de São Paulo com escala de 8h no Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro. O trajeto entre o Rio e Santiago durou 5h e apenas a linda vista da Cordilheira dos Andes com seus picos nevados em pleno verão já me impressionam logo no início da viagem (imagina no inverno!).
Já no moderno Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez, o maior do Chile, peguei um transfer até o hostel que reservei ainda no Brasil (não lembro o valor, mas foi bem baratinho e prático).
Check-in feito e banho tomado, foi hora de bater perna pela cidade, começando pelo Costanera Center, popular shopping situado no bairro de Providencia e um dos mais luxuosos da cidade. Em seus 5 andares é possível encontrar lojas para os mais variados bolsos e estilos.
É no subsolo do shopping que existe uma das poucas casas de câmbio que funciona aos domingos (apesar da cotação ruim)e que por sinal estava cheia de brasileiros naquele dia.
Para chegar nele, peguei o metrô e desci na estação Los Leones, localizada há duas quadras do shopping.
Anexado ao shopping fica a Gran Torre Santiago, o edifício mais alto da América Latina – 64 andares e 300 metros de altura. No alto da torre empresarial fica o Sky Costanera, famoso mirante que oferece uma vista 360 graus de Santiago.
O valor para subir é de 8 mil pesos durante a semana e 10 mil pesos aos finais de semana – é um preço salgado para um mochileiro, mas a vista que o mirante oferece da cidade é de encher os olhos. Fiquei arrepiado.
Aproveitei também para conhecer a Igreja Militar, que fica ao lado do shopping.
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Dia 2: Cajon del Maipo, Embalse el Yeso e Palácio de la Moneda
Esse dia começou agitado. Eu estava convencido que o transfer que me levaria à Cajon del Maipo iria passar no hostel por volta das 9h. Até ai tudo bem. Porém, me confundi nos horários e na verdade ele iria passar às 6h!
Ou seja, fui acordado pelo recepcionista do hostel dizendo que o carro de passeio estava me aguardando hehe. Me arrumei correndo e em menos de 15 minutos estava na van que me levou para a região de Cajon del Maipo, onde fizemos várias paradas ao longo do trajeto até chegar ao principal destino do dia: Embalse el Yeso.
Antes, a van deu uma paradinha de 10 minutos no histórico Estádio Nacional, onde o Brasil ganhou a Copa do Mundo de 1962.
Ao longo do trajeto, paramos no Rio Mapocho e em vários mirantes em meio a Cordilheira dos Andes e que oferecem vistas dignas de cartões postais. Depois de quase 3 horas, finalmente chegamos em Embalse El Yeso, um dos lugares mais lindos que vi na vida! 
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O lugar nada mais é que uma represa formada pelo degelo dos Andes no verão, mas o grandioso lago de águas azuis emoldurado pelos picos ainda nevados formam uma paisagem incrível. Vale muito a pena!!!
Apesar de ter ido no verão e a temperatura em Santiago estar na faixa dos 30 graus, não se engane, pois as temperaturas em Cajon del Maipo são sempre baixas. Como perdi hora, na correria acabei esquecendo de levar alguma blusa de frio grossa e adivinha? Quase congelei!!!
Existem várias agências de turismo que fazem esse passeio. Eu fui com a Sousas Tour, especializada em brasileiros no Chile e não me arrependo, já que os guias são super legais e atenciosos, a van que nos leva pelas montanhas é bem confortável, o lanche servido é muito bom e o preço não é muito diferente do cobrado por outras agências (53 mil pesos por pessoa, mas recebi desconto por fechar dois passeios de uma vez).
Voltando do passeio que dura aproximadamente 9 horas, fui deixado novamente no hostel. Dei uma descansada e fui para o Centro visitar a região do Palácio de la Moneda. Eis o roteiro da tarde:
Igreja de la Glatitud Nacional, na avenida Ricardo Cumming.
Avenida Bernardo O’Higgins: principal avenida de Santiago, é repleta de construções históricas, igrejas, jardins e monumentos.
Igreja San Ignacio, na rua Padre Alonso de Ovalle.
Paseo Bulnes: Um dos lugares mais agradáveis da cidade, é um grandioso boulevard que se inicia em frente ao Palácio de la Moneda com vários jardins, cafés e restaurantes .
Cripta O’Higgins: local onde está os restos mortais do libertador Bernardo O’Higgins. Fica na Plaza Bulnes, em frente ao La Moneda.
Palácio de la Moneda: Residência oficial da presidente do Chile, o palácio foi projetado para ser a Casa da Moeda, quando o Chile ainda era uma colônia espanhola (daí seu nome La Moneda). Construído entre 1786 a 1812, o palácio abriga em sua frente a Praça da Cidadania, com estátuas de todos os presidentes, com destaque destaque para a de Salvador Allende.
Centro Cultural La Moneda: Fica localizado no subsolo do palácio. É uma grande área reservada para exposições temporárias (estava tendo uma exposição com obras do Picasso) e e uma exposição permanente que é gratuita.
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Dia 3: Centro Histórico
Igreja Santa Helena, na Calle Huérfanos
Igreja do Sangue Precioso, na Calle Compañía de Jesus
Plaza Brasil: arborizada praça paralela a Avenida Brasil.
Basílica El Salvador: o forte terremoto de 2010 danificou drasticamente esta igreja, que ainda estava em ruínas quando a visitei.
Plaza de la Constitución e Troca de Guarda: consegui pegar o finalzinho da famosa troca de guarda que é feita na Plaza de La Constitución, localizada atrás do Palácio de La Moneda.
Paseo Ahumada: rua transformada em calçadão com inúmeras lojas populares, cafés, restaurantes e artistas de rua – é um dos lugares mais agradáveis do Centro de Santiago.
Igreja San Agústin
Teatro Municipal, inaugurado em 17 de setembro de 1857.
Plaza de Armas: marco zero da cidade, é ao redor dessa grandiosa e movimentada praça que estão importantes e belíssimos prédios históricos que ajudam a contar a história de Santiago, como a Catedral e o Museu Histórico. É aqui que se encontra o famoso Monumento ao Indígena. Seu traçado urbano é de 1541.
Catedral Metropolitana: a construção da atual catedral neoclássica começou em 1753 e terminou em 1799, substituindo antigas igrejas destruídas por terremotos.
Palácio Central dos Correios, construído a partir de 1881 no local onde existia a casa de Pedro de Valdivia, fundador de Santiago.
Museu Histórico Nacional
Congresso Nacional
Palácio da Justiça
Museu de Arte Pré-Colombiana
Mercado Central de Santiago
Academia e Museu Nacional de Bellas Artes
Parque Florestal: agradável e arborizado parque na região norte do centro histórico.
Plaza Italia
Plaza Baquedano
Museu Violeta Parra: interessante museu dedicado a vida e a obra de uma das maiores cantoras chilenas de todos os tempos e reconhecida como “a Mãe do folk latino-americano”.
Igreja San Francisco de Borja, na Calle Carabineros de Chile.
Centro Cultural Gabriela Mistral
PUC Chile: campus central de uma das melhores universidades da América Latina.
Cerro Santa Lúcia, um dos lugares que mais gostei em Santiago. É um grande morro em meio a cidade repleto de jardins, fontes, monumentos e claro, inúmeros mirantes – o mais famoso e alto deles é a torre do Castelo Hidalgo.
Biblioteca Nacional
Bairro Paris – Londres: conjunto de duas ruas com construções históricas que lembram a arquitetura europeia do século XIX.
Igreja San Francisco, a mais antiga da cidade. Conta com um museu de arte colonial.
Uffa, perceberam que eu gosto de visitar igrejas, né?! hahah. Esse foi o dia que mais andei e fiz tudo a pé, sem utilizar algum meio de transporte – emagreci umas gramas ai hehe. Com exceção do Museu Pré-Colombiano, todas essas atrações são gratuitas.
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Dia 4: Concha Y Toro e San Cristóbal
Vinícola Concha Y Toro: logo pela manhã realizei esse tour com a agência Sousas Tour (a mesma que fiz o passeio pelo Embalse), onde visitei as instalações da vinícola mais famosa do país e que fica nos arredores de Santiago (saiba tudo sobre o passeio clicando aqui).
Páteo Bella Vista: Na volta da vinícola, pedi para o motorista me deixar próximo ao Bella Vista, um grande centro comercial com as mais diversas lojas e restaurantes (um pouco caros por sinal) e foi aqui que tive uma cena inusitada.
No McDonald’s, fui pedir um sorvete Mc flurry ritter, porém na hora de usar o portunhol, o Danilo, que me acompanhava na viagem, pediu um sorvete sabor Hitler ( que isso não volte a acontecer!).
Cemitério Geral de Santiago: andei bastante até chegar ao principal cemitério da cidade, onde estão enterradas algumas das personalidades mais famosas do Chile. O cemitério é enorme, tem um urbanismo bem diferente e sem dúvidas vai agradar aos amantes de arte tumular, como eu haha.
É necessário ter uma permissão para fotografar dentro do cemitério, que pode ser tirado na hora, na secretaria. Conheça a história deste cemitério aqui.
Cerro San Cristóbal e Funicular: uma das atrações mais famosas de Santiago, o Cerro San Cristóbal é um grandioso morro pertencente ao Parque Metropolitano, o terceiro maior parque urbano do mundo.
Para subir até o mirante, a opção mais utilizada é o Funicular (paga-se 2 mil pesos por pessoa) e em poucos minutos chega-se no alto do cerro, onde existem várias lanchonetes, lojas, capelas, uma igreja, e mirantes que oferecem vistas incríveis – na minha opinião, só perde para a vista do Sky Costanera.
O ponto mais alto do parque é o Santuário de la Concepción, com uma grandiosa imagem da padroeira da cidade.
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Dia 5: Valparaíso e Viña del Mar
Reservei o 5° dia apenas para conhecer as cidades litorâneas de Valparaíso e Viña del Mar, localizadas a menos de 2 horas da capital e de fácil acesso tanto de carro quanto de ônibus. Com belezas naturais e culturais, essas cidades devem ser colocadas em seu roteiro pelo Chile.
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Dia 6: Despedida da cidade
Esse foi um dia relax. Aproveitei para trocar mais dinheiro, comprar algumas coisas no supermercado Jumbo do Costanera Center (super recomendo, vende basicamente de tudo e por preços interessantes) e claro, aproveitar para descansar um pouco e repor as energias já que no final da tarde teria uma longa viagem de 24 horas em um ônibus até chegar à San Pedro de Atacama, o próximo destino dessa fantástica viagem pelo Chile.
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