Quem me conhece sabe que visitar igrejas é uma das minhas atividades preferidas em viagens. Não apenas pela religiosidade, mas pela história, arquitetura e arte desses lugares sacros.
E Roma é, sem dúvidas, um paraíso para os amantes de igrejas, já que são mais de 900 espalhadas pela cidade – a maioria delas pertencentes a Igreja Católica.
E durante minha viagem por terras romanas, visitei mais de 30 igrejas, entre elas as quatro basílicas papais de Roma, as mais importantes delas.
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O que é uma basílica papal?
Uma basílica papal é a igreja que goza do mais alto nível dentro da Igreja Católica Romana. Isso significa que essas igrejas são controladas diretamente pelo papa e contam com uma porta sagrada e um altar papal que executam um valioso papel na indulgência plenária, sendo que nesse altar papal, somente o papa ou alguns outros sacerdotes podem celebrar a Eucaristia.
Antigamente, dentro dessa hierarquia, as basílicas papais era chamadas de “patriarcais”, mas com a renúncia do Papa Bento XVI ao título de Patriarca do Ocidente, essas igrejas foram renomeadas.
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Quais são as basílicas papais?
Ao todo são seis basílicas papais, todas elas localizadas na Itália: duas em Assis e quatro em Roma. As basílicas de Assis, São Francisco e Santa Maria degli Angelio, são igrejas menores que tem o altar papal, mas não uma porta sagrada.
Já as basílicas de Roma são maiores e mais importantes, sendo elas: Santa Maria Maggiori, São João de Latrão, São Pedro e São Paulo Extramuros. E durante minha a viagem de 3 dias por Roma, fiz questão de visitar as quatro igrejas, todas elas imponentes, ricas em obras de arte e com arquitetura semelhante.
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As basílicas de Roma:
As 4 basílicas se localizam em pontos distintos de Roma, por isso é bom se programar certinho para visitá-las.
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Santa Maria Maggiori
Como estava hospedado próximo a Estação Termini (linhas A e B do metrô), a primeira das basílicas que visitei foi a de Santa Maria Maior ou Santa Maria Maggiori, localizada há menos de 10 minutos dessa estação. Uma outra opção para quem usa o metro é a estação Cavour (linha B).
Com construção iniciada no ano de 432, essa foi a primeira igreja do Ocidente dedicada a Maria em honra a Jesus Cristo e é atualmente a maior igreja mariana de Roma – daí o maior de seu nome. Sua importância é tanta que na liturgia católica, há uma celebração à Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior.
Em seu rico acervo, há um relicário com uma peça que possivelmente fez parte da manjedoura onde nasceu Jesus. Essa peça está na Cripta da Natividade (Cripta de Belém), sob o altar-mor da basílica. Destaque também para os mosaicos que representam cenas do Antigo Testamento, da vida de Cristo e da vida de Maria.
A basílica também abriga uma Capela Sistina (não aquela famosa com as pinturas do Michelangelo), mas uma capela dedicada ao Papa Sisto V. O túmulo do grande artista Gianlorenzo Bernini e sua família está localizada em frente à essa capela.
Na praça em frente à igreja fica a Colonna della Pace.
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São Pedro
E o que dizer de São Pedro? Maior e mais importante espaço religioso da Igreja Católica Romana, a Basílica de São Pedro impressiona pelo seu tamanho: são 23.000 m² ou 2,3 hectares, capacidade para abrigar mais de 60 mil pessoas e uma gigantesca cúpula que domina o horizonte de Roma.
Localizada na Praça de São Pedro, no Estado do Vaticano, a basílica começou a ser construída em 1506 no lugar de uma antiga igreja idealizada pelo Imperador Constantino, e foi concluída em 1626, a partir de um projeto de Donato Bramante. Já seu nome se deve porque sob o altar principal está enterrado o apóstolo São Pedro.
Uma das maiores obras arquitetônicas da história, a basílica recebeu a contribuição de grandes artistas como Michelangelo, Rafael e Bernini, além de ser um dos monumentos mais visitados do mundo. Apesar de não ser a sede oficial do Papado, essa basílica é a que mais recebe visitas e cerimonias papais, como a famosa missa de domingo.
Deixei para visitar a Basílica de São Pedro no mesmo dia da minha ida aos Museus do Vaticano. Para chegar nela, é só pegar a linha A do Metrô de Roma em direção a Battistini, e descer na estação Ottaviano “San Pietro”. E vá sem pressa, pois além da igreja ser enorme, a fila para acessá-la pode ser demorada, já que é necessário passar por um detector de metais.
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São João de Latrão
A Arquibasílica Papal de São João de Latrão ou San Giovanni in Laterano é a catedral da Diocese de Roma, a sé episcopal do Papa e a igreja mãe ecumênica, o que a torna a mais importante de todas as basílica papais – mais importante até que São Pedro – por isso recebe o titulo de arquibasílica.
É também a mais antiga delas, com construção iniciada no século IV pelo Imperador Constantino. Já a sua fachada atual em estilo neoclássico (que considero a mais bonita das 4 basílicas) foi completada em 1735, contando com a colaboração de Galileu Galilei.
Acima da fachada pode-se ler: CLEMENS XII PONT MAX ANNO V CHRISTO SALVATORI IN HON SS IOAN BAPT ET EVANG, que resumidamente significa “Papa Clemente XII, no quinto ano de seu pontificado, dedicou este edifício a Cristo, o Salvador, em homenagem aos Santos João Batista e João Evangelista”. Isso porque quando foi construída, a igreja era dedicada à Cristo Salvador e anos depois passou a ser dedicada também aos outros dois santos.
Seu interior lembra muito a das outras basílicas, apesar de ser mais imponente. Ali, há seis túmulos papais: Alexandre III (corredor direito), Sérgio IV (direito), Clemente XII Corsini (corredor esquerdo), Martinho V (na frente do confessio), Inocêncio III (braço direito do transepto) e Leão XIII (braço esquerdo do transepto).
Fazem parte do complexo religioso de São João Latrão:
– Obelisco Laterano, o mais alto obelisco da Itália e o maior obelisco antigo do mundo;
– Palácio Laterano, de propriedade da Santa Sé, foi construído por Marco Aurélio no ano 161;
– Batistério de Latrão, considerado o mais antigo do cristianismo, construído entre 313 e 315 por Constantino I, que ali foi batizado.
– Escada Santa, que segundo a tradição católica, seria a escadaria na qual Jesus Cristo teria subido no julgamento com Pôncio Pilatos. A escada fica dentro da Igreja de San Lorenzo in Palatio ad Sancta Sanctorum (localizada em frente a São João de Latrão) e foi trazida a Roma por Santa Helena no século IV.
A estação de metrô mais próximo é a San Giovanni, pertencente a Linha A.
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São Paulo Extramuros
A Basílica Papal de São Paulo Extramuros ou San Paolo fuori le Mura tem esse nome por estar localizada do lado de fora da Muralha Aureliana, conjunto de muralhas que protegia Roma na época em que a igreja foi construída.
É também a mais distante das 4 basílicas, o que faz ela ser a menos visitada, o que é uma pena, pois achei essa a mais bonita delas, justamente por ter uma arquitetura diferente. Porém, ela é facilmente acessada através da linha B do Metrô – estação Basílica San Paolo.
A basílica começou a ser construída em 386 por Teodósio I exatamente sobre o túmulo do apóstolo São Paulo – o túmulo pode ser visto sob o altar principal. Um grande incêndio em 1823 fez com que a igreja fosse posteriormente reconstruída pelo arquiteto Luigi Poletti.
O resultado dessa obra foi um edifício com 131 metros de comprimento, 65 metros de largura e quase 30 metros de altura no interior, o que faz dessa a segunda maior igreja de Roma, depois de São Pedro. Na frente da fachada há um belo jardim com uma grande estátua de São Paulo e um pórtico coberto rodeado por uma colunata.
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Se localize:
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Melhor época para visitar Roma
Com uma história tão grande, não surpreende que Roma sempre tenha sido um destino turístico popular. E como em qualquer lugar que recebe muitos viajantes, decidir a melhor época para visitar Roma pode ser um desafio, ainda mais se você deseja equilibrar o clima agradável e evitar as maiores multidões. E, dada a popularidade do lugar, essas multidões podem ser bastante intensas.
Roma é inegavelmente lotada durante os meses de verão (julho e agosto), quando o clima quente é combinado com as férias europeias.
Por isso, visite no meio da primavera e você ainda terá ótimas temperaturas, com multidões e filas mais fáceis de administrar – eu visitei a cidade no início da primavera, em março, e peguei tempo aberto e temperatura amena (cerca de 22 graus). Mesmo assim, o movimento de turistas era bem grande (imagina no verão!).
Entre setembro e outubro é possível encontrar tarifas mais baratas, devido, principalmente, ao clima chuvoso. Na verdade, Roma também é um ótimo lugar para se visitar no inverno, já que a cidade não fica totalmente “parada” e há muito menos turistas por perto. Dependendo da intensidade do inverno, é possível nevar na capital italiana.
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Hospedagem em Roma
Com uma cidade tão grande e com tantas atrações espalhadas por toda parte, descobrir onde ficar em Roma pode ser bastante difícil. Naturalmente, como principal destino turístico, a cidade tem milhares de diferentes opções de acomodação disponíveis, que cobrem todos os orçamentos e estilos de viagem.
E mesmo com a rede de transporte público da cidade, você não quer gastar todo o seu tempo em ônibus e metrô, portanto, ficar em algum lugar central ajuda. Cito aqui alguns bairros interessantes para se hospedar:
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Centro Histórico
O centro histórico da cidade é dividida em bairros menores, mas vamos tratá-la como uma única área para simplificar. Aqui você está cercado pelo melhor de Roma e é, obviamente, a área mais cara para turistas.
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Cidade do Vaticano e Prati
Existem várias opções de acomodação acessível perto do Vaticano, uma vez que está localizado um pouco fora do centro. Também tende a ser menos turístico e mais residencial.
O vizinho Prati é conhecido como o bairro do “colarinho branco” de Roma, então há muitos apartamentos residenciais e lojas de luxo. Ele tem um “toque europeu moderno”, por isso não é um lugar super popular para turistas (o que significa uma vibração mais descontraída).
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Testaccio
Localizado na parte sul de Roma, o bairro Testaccio é um excelente lugar para se sentir como um local. A área é conhecida por ter a melhor comida de Roma e preços razoáveis, pois fica bem fora da zona turística.
Há também uma grande vibração juvenil aqui pela qual você se apaixonará. Em compensação, fica um pouco afastado do centro.
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Trastevere
Se você procura um lugar mais local sem precisar viajar muito para fora do centro de Roma, sugiro ficar no bairro de Trastevere. Este enclave boêmio da moda é repleto de charme, excelentes restaurantes, bares e uma animada vida noturna.
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Termini
Eu fiquei hospedado em um hostel próximo à estação ferroviária Termini e amei – facilita o check-in e o check-out, é muito bem conectado ao transporte público e há muitas opções de hospedagem barata.
Porém, a região não é uma das mais seguras, por isso, atenção redobrada com seus pertences ao andar pelas ruas durante a noite.
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Bairro Judeu
Embora bastante pequeno, o Bairro Judeu é um adorável bairro localizado centralmente, repleto de excelentes restaurantes tradicionais.
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Monti
Perto do Coliseu, você encontrará o bairro de Monti. Este costumava ser o distrito da luz vermelha de Roma, mas hoje em dia é uma área muito moderna que ainda parece autêntica. O bairro tem uma vibração jovem e opções sólidas de vida noturna.
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