O Teatro Colón de Buenos Aires é um dos mais bonitos teatros já construídos e pode ser visitado diariamente, através de visitas guiadas, (realizadas em inglês e espanhol) e que é um dos programas mais interessantes para se fazer na capital portenha.
Inaugurado em 1908 e com uma das melhores acústicas do mundo, elogiada até por Luciano Pavarotti, o Colón já foi palco para alguns dos maiores artistas da história, como Enrico Caruso, Claudia Muzio, Maria Callas, Plácido Domingo e o próprio Pavarotti.
E ao longo dessa visita guiada, conhecemos melhor a história do teatro, sua imponente e luxuosa arquitetura e sua importância para divulgação das artes, o que o torna um dos grandes símbolos da cultura argentina.
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Horário e duração das visitas
Diariamente, inclusive feriados (exceto 1º de maio, 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro).
As saídas são de 15 em 15 minutos, das 9h às 17h. Nos dias de peças gratuitas às 11h, as visitas guiadas estão suspensas das 10h às 13h30. Quando há peças vespertinas (17h), a última visita acontece às 15h.
Importante: O circuito de visitas guiadas pode ser afetado por eventos, peças, ensaios ou outras atividades do Teatro Colón sem que isso implique qualquer devolução ou reembolso.
Duração da visita: 50 minutos
Roteiro principal do tour: Foyer, Galeria dos Bustos, Sala Dourada e Sala Principal.
Número de visitantes: 34 pessoas
Idioma da visita: Espanhol e 2 visitas diárias em inglês (13h e 15h)
Visitas para grupos: para visitas em grupos de mais de 20 pessoas, entrar em contato pelo telefone 4378-7128 ou pelo email reservasvisitas@teatrocolon.org.ar. Não serão feitas reservas para sábados e domingos.
Visitas Escolares: estas visitas são exclusivamente com reserva antecipada. Reservas a partir de 1° de março, com quantidades limitadas e até completar a capacidade para reservas. Mais informações em: escuelasvisitas@teatrocolon.org.ar.
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Onde comprar a visita guiada
1 – É possível comprar o ingresso para a visita guiada nas bilheterias oficiais do Teatro Colón, na Rua Tucumán 1171.
2 – Compra online no site oficial.
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Valores
Valor geral: $ 3.800 pesos argentinos.
Residentes argentinos (com DNI): $ 1800
Aposentados, residentes universitários: $ 800
Menores de 7 anos: Grátis
Pessoas com deficiências: Grátis
Importante: Pagamento somente em pesos argentinos ou cartões de crédito.
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Endereço e contato
O teatro tem entrada pelas ruas Cerrito 628, Libertad 621 e Tucuman 1171, sendo que a bilheteria fica neste último endereço.
E-mail: visitasguiadas@teatrocolon.org.ar
Telefone: (+54 11) 4378 7366
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Como chegar
Linhas de ônibus: 7, 9, 10, 17, 23, 29, 39, 45, 59, 67, 70, 75, 99, 100, 105, 106, 109, 111, 115, 140, 145.
Metrô (Subte):
Linha B – estação Carlos Pellegrini
Linha C – estação Diagonal Norte
Linha D – estação Tribunales
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Como foi a visita
A minha visita ao Teatro Colón foi realizada logo no meu primeiro dia em Buenos Aires. Era uma segunda-feira e me dirigi até a bilheteria física, onde comprei meu ingresso para o tour em inglês que começaria às 13h (eram 12h15). Neste intervalo de tempo, fiquei fotografando a parte externa do teatro, com destaque para a fachada da Calle Liberdad, a mais bonita delas.
Também dei uma volta pelas praças ao redor do teatro: são duas, a Plaza del Vaticano e a Plaza Lavalle, que é dividida em três quadras e é bem arborizada.
Se você preferir, pode ficar aguardando o início do tour no saguão interno, ao lado da bilheteria e do Café Teatro Colón (vou falar melhor dele ao final). Depois que tirei algumas fotos, voltei para esse saguão, pois é ali o ponto de encontro dos participantes.
Por volta das 13h, a guia pediu para que todos os visitantes com o ingresso daquele horário a seguissem pelo corredor. No final dele, saímos no Foyer, primeiro ponto de destaque do tour e que nada mais é que o hall de entrada do teatro e onde o público se reúne para aguardar o espetáculo.
Ali, a guia se apresentou (infelizmente não lembro o seu nome, mas ela era bem simpática), perguntou rapidamente algumas das nacionalidade ali presentes (haviam estadunidenses, alemães, noruegueses e claro, brasileiros) e começou a contar a história do Colón.
Pouca gente sabe, mas existiu um outro Teatro Colón antes deste. O antigo Colón funcionou entre 1857 e 1888, na quadra hoje ocupada pelo Banco Nacional, em frente à Plaza de Mayo.
Já o novo teatro começou a ser construído em 25 de maio de 1890, com a intenção de ser inaugurado a tempo do aniversário do início da colonização da América, em 12 de outubro de 1892. As obras, porém, sofreram muitos atrasos e o Colón só foi inaugurado 20 anos depois, em 25 de maio de 1908, com a ópera Aida de Giuseppe Verdi.
O grandioso projeto inicial foi concebido pelo arquiteto Francesco Tamburini, mas após a sua morte, em 1891, foi continuada por seu parceiro, o arquiteto Victor Meano, responsável pelo projeto de outra monumental obra portenha, o palácio do Congresso Argentino.
E neste momento paramos para admirar a arquitetura interna do teatro, principalmente os ornamentos e vitrais, que tem inspiração francesa.
A guia também nos mostrou algumas vestimentas e acessórios utilizados em grandes peças que marcaram a história do teatro e que hoje ficam expostas para o público, em forma de exposição permanente.
Dali, subimos a grande escadaria em direção ao segundo piso, para termos uma outra visão do foyer.
Do vão aberto, seguimos para a majestosa Galeria dos Bustos, um salão decorado com querubins e bustos de grandes compositores: Mozart, Bellini, Bizet, Beethoven, Gounod, Rossini, Verdi e Wagner, todos idealizados pelo escultor italiano Luis Trinchero.
Destaque também para o belo vitral e as esculturas ali expostas.
Esse salão acaba sendo um aperitivo para um dos pontos altos da visita, o Salão Dourado, que é a nossa próxima parada. Esta monumental sala decorada com muitos espelhos e grandes lustres é utilizada para concertos, exposições e reuniões privadas.
Depois de termos tirado muitas fotos nestes dois salões, seguimos adentrando o teatro, passando pelos corredores internos que dão acesso ao Grande Palco e também aos camarins: corredores bem preservados e decorados com carpetes, cortinas e estátuas.
E de um desses corredores, chegamos ao ponto alto do passeio: a Sala Principal. Com capacidade para 2.487 espectadores sentados e mais de 500 pessoas em pé, a sala em formato de ferradura tem 32 metros de diâmetro, 75 metros de profundidade e 28 metros de altura em um ambiente de estilo eclético, que combina o neorenascimento italiano e o barroco francês, incluindo ornamentos em ouro.
Há três pisos com espaçosos camarotes que oferecem visão privilegiada do palco.
O palco tem 35 metros de profundidade por 34 metros de largura e é extremamente decorado.
E como dito no começo deste post, como o teatro tem uma acústica única, ele pode ser comparado as mais importantes salas líricas do mundo, como o Scala de Milão, o Metropolitan Opera House de Nova York, a Ópera Estatal de Viena, a Royal Opera House de Londres e a Ópera de Paris. É pessoal, isso não é pouca coisa não!
Todo esse cenário é emoldurado por uma cúpula que originalmente foi pintada pelo artista francês Marcel Jambon, com a colaboração de Jean Baptiste Edouard Detaille. Neste desenho, o Deus Apolo era representado em uma carruagem puxada por quatro corcéis brancos, presidindo uma procissão de musas.
Porém, na década de 1930, vazamentos no telhado danificaram a obra, que foi refeita décadas depois (com outros desenhos) e inaugurada em 1966.
No centro está um candelabro de bronze pesando mais de uma tonelada.
A guia nos explicou que apesar de todos os atributos ditos anteriormente, o Colón passou por algumas décadas de decadência, devido, principalmente, a sua estrutura, que carecia de cuidados. Por isso, esteve fechado entre 2006 e 2010 para as maiores obras de revitalização de sua história, que modernizaram toda a estrutura. Legal, né?!
A parada na Sala Principal é a mais longa de todas. Depois que saímos de lá, nos dirigimos novamente para o Foyer, onde a guia se despediu e nos direcionou para o mesmo saguão que entramos.
E assim chegava ao fim a minha visita guiada pelo Teatro Colón. Mas antes, aproveitei para conferir o Café do Teatro Colón, que tem um ambiente super charmoso (e preços um pouco acima da média dos cafés portenhos).
O café funciona de segunda à sábado, das 8h30 às 20h, e aos domingos, das 8h30 às 14h30.
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No final, a visita vale a pena?
Sim! A visita guiada ao Teatro Colón vale muito a pena, não apenas para os amantes de teatro e arquitetura, mas para todos os públicos, pois os visitantes tem uma imersão super bacana na história local. Isso sem falar na beleza do espaço, que chama muito a atenção, e também na simpatia dos funcionários, em especial, a nossa guia.
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A programação do Colón
Em Buenos Aires, assistir uma peça no Teatro Colón é algo imperdível para os amantes da música, ópera, orquestras e teatros. Quase todos os dias existem atividades em seus espaços, muitas delas a preços muito acessíveis. Por isso, siga a programação oficial no site do Colón.
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Melhor época para ir
A melhor época para visitar Buenos Aires, capital da Argentina, depende das preferências individuais dos viajantes. Buenos Aires possui um clima subtropical úmido, com estações distintas. Aqui estão algumas informações sobre as diferentes épocas do ano em Buenos Aires:
– Primavera (setembro a novembro): a primavera é uma época agradável para visitar Buenos Aires, já que as temperaturas são amenas, variando entre 15°C e 25°C, e há menos chuvas em comparação com o verão. É uma época em que a cidade fica florida, e há diversos eventos culturais e festivais acontecendo.
– Verão (dezembro a fevereiro): o verão em Buenos Aires é quente e úmido, com temperaturas que podem chegar a 35°C, sendo janeiro e fevereiro os meses mais quentes do ano e com chuvas ao final do dia.
– Outono (março a maio): o outono é uma das melhores épocas para visitar a cidade, já que as temperaturas variam entre 12°C e 22°C, menos turistas e preços mais baixos em hospedagem. É uma época ideal para explorar a cidade a pé, visitar parques e desfrutar das famosas cafeterias e restaurantes.
– Inverno (junho a agosto): O inverno em Buenos Aires variam entre 7°C e 15°C, sendo um ótimo período para desfrutar de museus, tango e uma gastronomia deliciosa em lugares aconchegantes.
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Onde se hospedar em Buenos Aires
A rede hoteleira de Buenos Aires é bastante diversificada, com opções que vão desde hotéis econômicos até hotéis de luxo 5 estrelas, justamente por ser o centro financeiro e comercial da Argentina e ter uma rica oferta cultural e turística, o que atrai muitos viajantes a negócios e a lazer.
– Unique Executive Central: localizado no centro de Buenos Aires, ao lado da Plaza de La República, esse hotel boutique oferece quartos com pelo menos 26 m², além de TV a cabo, cofre, telefone e outras comodidades.
– Up Hotel Recoleta: localizado a 100 m da Avenida Libertador oferece 38 quartos com banheiro privativo, TV a cabo, ar-condicionado e serviço de quarto.
– Palermo Bridge: esse hotel conta com serviço de concierge, quartos antialérgicos, jardim e lounge compartilhado. Fica próximo dos Bosques de Palermo.
– Ibis Buenos Aires Obelisco: localizado na Avenida Corrientes, a 400 metros do Obelisco de Buenos Aires, oferece bar no local, business center e quartos com ar-condicionado.
– Alvear Art Hotel: localizado ao lado da histórica Plaza San Martín, esse hotel de luxo tem quartos com banheiros luxuosos revestidos em mármore, banheira de hidromassagem e roupa de cama de algodão egípcio. Tem spa, academia, bar e restaurante.
Lembre-se de verificar a disponibilidade, preços e outras informações relevantes diretamente com as acomodações.
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