Viagem pelo Chile: dicas, fotos e impressões desse impressionante país

Chile, o que dizer de você? Um país de extremos, onde você encontra geleiras e temperaturas abaixo de 20 graus ao sul, uma das maiores e mais frenéticas cidades do continente no centro e o deserto mais seco do mundo ao norte, e que formam paisagens impressionantes. É também um país multicultural, com ótima infraestrutura e um povo super simpático e hospitaleiro, que ao descobrirem que você é brasileiro, abrem um sorriso de orelha a orelha, demonstrando interesse em saber mais sobre o nosso dia a dia.

Em contrapartida, o país tem inúmeros problemas, assim como qualquer outro, mas destaco principalmente as marcas da terrível ditadura militar de Pinochet, que ainda são bem visíveis na sociedade.

  • Informações práticas

Nome: República do Chile
Capital: Santiago
Maiores cidades: Santiago, Valparaíso, Concepción, La Serena, Antofagasta.
Moeda: peso chileno
População (2017): 17 milhões (64° mundo)
Idioma oficial: espanhol
IDH (2017): 0.847 (38° mundo)

Brasileiros não necessitam de visto para entrar no país – basta o RG ou passaporte.

Santiago vista do Cerro San Cristóbal: a capital chilena é uma das cidades mais incríveis que conheci.

Essa visita ao Chile fez parte de um pequeno mochilão pela América do Sul, sendo a primeira parada dessa aventura. Ao todo fiquei 9 dias em terras chilenas, onde passei por Santiago, região de Cajon del Maipo, Valparaíso, Viña del Mar e a região do Atacama. Apesar dos poucos dias, posso dizer com toda a certeza que aqui tive algumas das melhores experiências de minha vida de viajante.

  • Meu roteiro ficou assim:

4 dias em Santiago
1 dia em Cajon de Maipo
1 dia em Valparaíso e Viña del Mal (feitos no mesmo dia)
2 dias no Atacama
1 dia para locomoções 

Interessante também é que dos países que já visitei, o Chile foi o que mais encontrei brasileiros. Em todos os principais pontos turísticos sempre encontrava alguém que simplesmente me olhava e falava: Você é brasileiro né?! Eu também sou haha. E é incrível como a gente se reconhece. Isso também demonstra o grande potencial turístico que o país começou nas ultimas décadas.

A viagem foi realizada em janeiro de 2017.

Valle de la Luna no Atacama

As geladas águas do Pacífico em Viña del Mar.

Abaixo coloco algumas impressões gerais que tive sobre itens importantes em uma viagem.

  • Alimentação

A culinária chilena não é tão diferente da brasileira, mas tem suas particularidades, sendo que talvez a maior delas seja a La palta (creme de abacate) que é servido em praticamente tudo, inclusive no cachorro quente (chamado no país de completo). Pratos a base de frutos do mar são referência e podem ser encontrados facilmente, com destaque para a truta e o ceviche.

Outro prato muito famoso é o pastel de choclo, uma espécie de cural de milho com frango.

Pastel de choclo e o delicioso ceviche chileno.

Em Santiago, é possível comer muito bem por pouco – sem falar nas diversas opções – mas é preciso sempre pesquisar. Em quase todos os restaurantes e lanchonetes você encontra pratos prontos, inclusive o famoso Lomo a lo Pobre, por cerca de 4 mil pesos (R$19,00).

Nas redes de fast food são vendidos combos para até 3 pessoas por um pouco mais (comprei um combo de 3 cachorros quentes com bebidas e fritas por 6.500 pesos (R$30 reais) na rede Pedro, Juan & Diego do Shopping Costanera Center). Já as tradicionais empanadas custam cerca de 700 pesos (R$3,00).

Os famosos ”completos”. Esse verdinho em cima é a palta, ou creme de abacate.
  • Custo de Vida

Uma das minhas principais preocupações ao viajar para cá (e a de qualquer mochileiro) era o custo de vida do país, pois a maioria dos relatos que encontrei dizia que o Chile era um dos países mais caros da América Latina, que não deixa de ser verdade em alguns quesitos, mas que no geral me surpreendeu positivamente, sendo bem mais barato que seus vizinhos Argentina e Peru, por exemplo (lembrando que a viagem foi feita em 2017).

Mas claro que isso varia muito do padrão de viagem de cada um. Fiquei hospedado em hostel, dei preferência a comer em lugares baratos e às vezes sobrevivia só com empanadas haha, além de dar sempre preferência ao transporte público ou caminhadas a pé. Com essa economia, pude investir o dinheiro em passeios, esses sim um pouco “salgados”, mas que super valem a pena, pois me renderam sensações incríveis.

  • Hospedagem

Por ser um dos países sul-americanos que mais atraem turistas, o Chile tem uma excelente rede hoteleira, com opções que vão desde airbnb, hosteis, hotéis estrelados e resorts, principalmente na capital. Em Santiago, fiquei hospedado no Chile Lindo Hostel, localizado bem no centro da cidade (Calle Moneda 2514). Em San Pedro de Atacama, por estar no meio do deserto, a maioria dos turistas buscam hospedagens mais rusticas, como foi o meu caso no Hostal Paso Los Toros(Calle Palpana 346). Aqui vale uma ressalva. Por ser um lugar muito turístico, as hospedagens em San Pedro são bem elevadas. Por exemplo, o Los Toros era a hospedagem mais barata que encontrei pelo booking e paguei o equivalente a R$ 400,00 por 3 diárias para 2 pessoas, sendo que em Santiago paguei o equivalente a 370 por 5 diárias para 2 pessoas.

  • Segurança

Em poucos lugares me senti tão seguro quanto no Chile. Em Santiago, andei em regiões degradadas à noite, utilizei minha câmera em grandes aglomerações e em nenhum momento me senti inibido por alguém. Foi sorte? Pode ser, mas se comparado com as grandes cidades brasileiras, Santiago me passou uma sensação de tranquilidade muito grande.

Os carabineiros (guardas chilenos) estão presentes em todos os principais pontos turísticos e são super solícitos caso necessite de alguma informação (você também pode tirar fotos com eles, como eu fiz haha).

Faça igual a mim e tire uma foto com um carabineiro. Essa foi tirada na Plaza Sotomayor em Valparaíso.

Viña del Mar e San Pedro de Atacama são mais tranquilas ainda. Em Valparaíso não senti a mesma liberdade e preferi nem utilizar minha câmera profissional, mas nada que uma atenção reforçada não resolva.

Mesmo assim, vale tomar algumas medidas de segurança e não relaxar, já que os furtos são muito comuns, principalmente no metrô de Santiago. Então, sempre fique de olho nos bolsos, bolsas e mochilas, evite ostentar objetos de valor em áreas muito movimentadas (ao contrário do que eu fiz) e mantenha atenção redobrada sempre, pois é no momento do descuido que as coisas acontecem. E isso vale para qualquer viagem, independente do lugar do mundo que você estará visitando.

Aqui estão algumas fotos que tirei durante a minha viagem. Aqui no Viajante Sem Fim você encontra inúmeros outros posts sobre o Chile e que vão te ajudar bastante na sua viagem *_*

A Cordilheira dos Andes dominando o horizonte de Cajon del Maipo
Vilarejo de Socaire, Região de San Pedro de Atacama.
Valparaíso, cidade portuária patrimônio da humanidade pela UNESCO.
O impressionante Embalse el Yeso, localizado nos Andes, há apenas 5 horas de Santiago.
As Lagunas Altiplânicas, no Atacama, são rodeadas por inúmeros vulcões, alguns deles ativos.
A região das Lagunas Altiplânicas é um ótimo lugar para fazer fotos em perspectiva.
Plaza de Armas em Santiago

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