As ruas, os casarões, as igrejas, as praias, os habitantes, ou seja, tudo, simplesmente tudo é apaixonante em Paraty. Com quase 40 mil habitantes, a cidade faz parte da chamada Costa Verde Fluminense, fazendo divisa com o estado de São Paulo, e sendo um dos destinos mais interessantes do Brasil para quem busca turismo histórico-cultural, aventura e natureza.
Durante o período colonial, Paraty foi sede do mais importante porto exportador de ouro do país – ouro esse que vinha de Minas Gerais – o que contribuiu para o seu desenvolvimento e, consequentemente, para a construção dos suntuosos casarões e igrejas que hoje fazem a festa dos turistas.
Por estar localizada quase ao nível do mar, a cidade foi projetada levando em conta o fluxo das marés. Como resultado, muitas de suas ruas são periodicamente inundadas pelas águas do mar. No dia da minha visita, não consegui ver a inundação, mas as ruas estavas todas molhadas da ultima maré que tinha acontecido na noite anterior a minha chegada.
Eu tinha apenas 2 dias para desbravar a cidade – sábado e domingo – então tive que fazer um roteiro um pouco mais corrido, mas que ao mesmo tempo incluiu todas as principais atrações. O legal é que dá pra fazer muita coisa sem precisar pagar nada, ou pelo menos não investir um valor alto. Sem falar que simplesmente andar por suas ruas já valem a pena ❤️.
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Informações práticas:
Nome: Paraty
Estado: Rio de Janeiro
Fundação: 1667
População: 41 mil (2017) – 43° estado | 821° país
Gentílico: paratiense
IDH: 0.693 (2010) – 62° do estado entre 92 municípios
Distância até a capital do estado: 258 km.
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Como chegar
Paraty está localizada praticamente no meio do trajeto entre as capitais do Rio de Janeiro e São Paulo, sendo de fácil acesso tanto para quem vai de carro, quanto de ônibus.
Saindo do Rio de Janeiro, para quem está de carro, os 258 km que separam as duas cidades podem feitas pela BR-101 (Rio-Santos), que tem uma belíssima vista do litoral. Já para quem sai de São Paulo, os 270 km podem ser feitos pela BR-116 até Guaratinguetá, e depois pela BR-459, até o destino final. Mas claro, para quem não está tão preocupado com horários, existem outras opções de trajeto, sendo que a Rio-Santos apresenta os mais belos cenários, já que margeia o mar, apesar de ser um pouco mais demorada.
Como moro em Campinas/SP e não havia ônibus direto entre as duas cidades, tive que ir até a Rodoviária do Tietê em São Paulo e de lá pegar um ônibus até Paraty, através da empresa Reunidas Paulista. Como a viagem dura em média 6 horas, decidi embarcar no ultimo horário, por volta das 23h, pois chegando lá de manhã, economizaria uma diária no hotel.
Campinas > SP: R$30 (1h30)
SP > Paraty: R$79 (6h) – valor referente a 2015 – (Em julho de 2018 a passagem estava R$86,34).
Depois de uma viagem super tranquila, cheguei por volta das 5h da manhã de um sábado em Paraty. Fazia um friozinho gostoso e como estava bem cedo ainda, decidi ir direto para a pousada que havia reservado algumas semanas antes pelo Booking.
Legal que havia muitos gringos ali esperando, chegando e partindo, o que já me deu uma sensação gostosa de estar em um lugar onde é possível encontrar uma grande diversidade de turistas.
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A minha viagem
Minha estadia foi na Pousada da Gabriela (Rua Presidente Pedreira, 20), que ocupa um casarão localizado a apenas 2 quadras da rodoviária e a 4 quadras do Centro Histórico. Paguei cerca de 300 reais (valor de julho de 2015) em duas diárias num quarto de casal bem bacana, com TV, ar-condicionado, frigobar e banheiro privativo. O hotel tinha uma boa estrutura, com piscina, funcionários prestativos e um ótimo café da manhã.
Check-in realizado, chegou a hora de bater perna pelo Centro Histórico de Paraty, que é um dos lugares que mais me encantaram no nosso imenso Brasil. Por suas ruas há inúmeros cafés, restaurantes, lojinhas, centros culturais e por aí vai…
O meu roteiro do dia foi o seguinte:
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Centro Histórico:
Praça do Chafariz e Chafariz do Pedreira
Capela de Santa Cruz da Generosa
Largo do Rosário
Igreja de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios
Praça da Matriz
Igreja de Nossa Senhora das Dores
Câmara Municipal
Casa da Cultura de Paraty
Largo de Santa Rita
Igreja de Santa Rita de Cássia
Sesc Paraty
Antiga Cadeia Pública
Mercado Municipal
Praça da Bandeira
Cais de Paraty
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Trindade
Depois de me encantar com a arquitetura da cidade no período da manhã (sim, fiz todo esse roteiro em meio período, uffa), foi a vez de conhecer no período da tarde as famosas praias de Trindade, uma vila de pescadores cercada por muita natureza e que foi um dos lugares mais bonitos e mágicos que já visitei. Vou deixar para falar mais sobre Trindade em um outro post, mas visitei os seguintes lugares aqui:
Vila de Pescadores
Praia dos Ranchos
Praia de Fora
Praia do Cepilho
Voltando de Trindade, fui para a pousada, tomei um banho, dei uma descansada de leve e fui conhecer a noite paratiense. O Centro Histórico se transforma, fica super badalado e bem mais movimentado do que de dia. As ruas se iluminam e ficam repletas de artistas. A quantidade de restaurantes é enorme e chega ser difícil escolher um. Fazendo a linha mochileiro sem muita grana, acabei escolhendo um dos mais baratinhos, mas dei sorte pois a comida estava muito boa (mas não lembro o nome do restaurante).
Acordei cedo no domingo, meu último dia na cidade 😢 e fui dar mais uma volta pelo Centro Histórico, comprar algumas lembrancinhas e conhecer a área localizada depois do Rio Perequê-Açu, onde fica a Praia do Pontal. Como meu ônibus de volta para São Paulo saia às 16h, deu para conhecer os seguintes lugares:
Santa Casa São Pedro de Alcântara
Cemitério Municipal São Francisco de Assis
Forte do Defensor
Praia do Pontal
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Passeio de Escuna
Um dos atrativos mais famosos e concorridos de Paraty são os passeios de escuna que vão até algumas praias e ilhas da região que ficam mais afastadas do centro. O tour leva cerca de 5 a 6 horas e é feito em grupo. Por falta de tempo, não consegui fazer esse passeio, mas a Iza do blog Mundo Viajante (@mundoviajantee) o fez em abril de 2021 e contou tudo sobre esse passeio de escuna, incluindo valores e roteiro completo com os pontos de parada.
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E no final, 2 dias são suficientes?
Já adianto que não hehe. Como estava com medo de deixar lugares que queria muito conhecer para o domingo, dia do meu retorno, deixei todas as principais atrações (Centro Histórico e Trindade) para um único dia, ou seja, fiz tudo correndo. Então, se você tiver mais disponibilidade de tempo, não cometa meu erro e deixe um dia inteiro apenas para apreciar o Centro Histórico, um dia inteiro para Trindade e os demais dias (caso tenha) para conhecer outras praias da região, fazer passeios de escuna ou lancha ou ir até cidades vizinhas, como Angra dos Reis e Ubatuba, que são boas opções para fazer um bate-volta.